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Enviada em: 24/08/2018

As dificuldades dos jovens de ingressarem no mercado de trabalho representam uma lastimável realidade brasileira. Isso é afirmado, pois os jovens estão inseridos em um sistema educacional deficitário e, após a formação acadêmica, enfrentam um mercado de trabalho mais exigente, haja visto que, empresas preferem contratar funcionários experientes na área a ser desenvolvida. Portanto, propostas cujo objetivo seja alterar esse cenário devem ser apresentadas.     Em primeiro lugar, é necessário afirmar que as instituições de educação públicas e privadas brasileiras oferecem uma formação acadêmica precária aos jovens, uma vez que são transmitidas informações desatualizadas, bem como conhecimentos dissociados entre teoria e prática. Diante disso, após a conclusão da formação acadêmica, os jovens enfrentam dificuldades em aplicar, na área profissional escolhida, os ensinamentos aprendidos nas universidades de forma satisfatória no mercado de trabalho. Além disso, o despreparo e a falta de qualificação profissional desses jovens contribuem para a perda de oportunidades de emprego e de experiência profissional. Desse modo, evidência-se a importância de alterações no sistema educacional brasileiro a fim de promover uma mão de obra mais qualificada capaz de cumprir com as determinações do mercado de trabalho.      Em segundo lugar, é preciso considerar que o mercado de trabalho, inserido em um sistema capitalista globalizado, tornou-se mais exigente e competitivo, visto que segue um padrão mínimo imposto pelas empresas na contratação de novos funcionários. A partir disso, os jovens semiqualificados enfrentam dificuldades de serem contratados, após as entrevistas de empregos, por empresas que possuem preferência por uma mão de obra qualificada e experiente na área a ser desempenhada. Somado a isso, essas empresas exigem do funcionário a ser contratado competências extras, tais como o domínio de línguas estrangeiras e a habilidade em informática, restringindo ainda mais a oferta de capacitados para contratação. Dessa forma, nota-se uma grande desigualdade entre a mão de obra formada pelo sistema educacional brasileiro e o empregado requisitado nas empresas inseridas no mercado de trabalho nacional.        Portanto, é essencial que as instâncias governamentais e educacionais adotem, no ensino médio, provas, palestras, oficinas e cursos técnicos, bem como promova, no ensino superior, a adoção de projetos de empresas junior a fim de ampliar a qualificação profissional dos estudantes em formação. Além disso, é fundamental que os três poderes governamentais - legislativo, executivo e judiciário - crie, aplique e fiscalize uma legislação que obrigue empresas a abrir uma porcentagem de vagas de empregos para os jovens que tenham o nível médio ou superior para estagiar por um período de tempo.