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Enviada em: 23/08/2018

A Revolução Industrial foi marcada por intensas transformações econômicas, políticas e sociais, dentre elas, uma das que perdura até a atualidade é a progressiva exigência de mercado, uma vez que não basta apenas saber operar uma máquina, mas também ter características como a formação acadêmica e a proatividade. Em consequência disso, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), 57% dos jovens estão desempregados há mais de um ano, revelando, assim, que há diversas dificuldades da ingressão deles no mercado de trabalho.          Em primeiro plano, nota-se que as empresas preferem contratar os indivíduos qualificados, sendo que aqueles que estudaram em escolas particulares tem a vantagem de qualificação comparada aos demais, tendo em vista que não há o devido investimento do Estado Brasileiro para com o sistema educacional. Diante disso, os pais que não tem condição de pagar uma escola de qualidade para seus filhos, tendem a perpetuar na família essa “herança”, contribuindo, assim, para a estratificação da sociedade e para a manutenção das classes sociais nas quais, segundo o sociólogo Karl Marx, há a opressão da burguesia para com o proletariado.        Além disso, a falta de orientação na escolha de um curso pode contribuir para o fracasso profissional, já que muitos jovens escolhem uma área apenas por habilidades e gostos pessoais, esquecendo o fato de que em toda profissão há os lados positivos e negativos. De acordo com a Companhia de Talentos, oito a cada dez pessoas buscam profissões apenas pela aptidão na área. Dessa maneira, percebe-se que há o esquecimento da ética aristotélico da justa medida, já que o equilíbrio entre vontades e a realidade de vaga no mercado de trabalho devem ser considerado.            Diante do exposto, percebe-se, portanto, que os principais problemas para o jovem ingressar no mercado têm sua origem na sua formação profissional. Dessa forma, é imprescindível que o Ministério da Educação ,em conjunto com o Ministério do Trabalho, crie um projeto  que vise a destinação de 5% dos lucros das lotéricas para a melhoria no sistema educacional público brasileiro e ainda será realizado, anualmente, uma feira das profissões, na qual profissionais de diversas áreas irão mostrar aos estudantes os lados bons e ruins de suas áreas.