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Enviada em: 26/08/2018

Drummond em seu poema ''A flor e a Náusea'', narra as dificuldades de uma flor brotar no meio do asfalto, em meio a uma clausura sócio-existencial, rompendo assim todas as dificuldades que ela está enfrentando por ser ainda nova e sem experiência. Analogo à flor do poeta mineiro, estão os jovens, pois estes, assim como a protagonista do poema, enfrentam dificuldades por serem muito novatos. Entretanto, no caso dos adolescentes é no mercado de trabalho, já que a falta de espaço e o desejo de prosperar rapidamente são uma das maiores problemáticas para o ingresso no mercado formal.  Indubitavelmente, a concorrência, ocassionada pela globalização, nos dias atuais, está exigindo cada vez mais profissionais experientes, o que dificulta o ingresso dos jovens. Estes, dessa forma, ficam com níveis cada vez maiores de desemprego, pois o mercado está mais rígido e a gama de profissionais especializados cresce, por consequência, os novatos ficam em segundo plano nas vagas de emprego, por esse motivo não conseguem mostrar que são capazes de ocupar devidos cargos, mesmo com inúmeras graduações. Em virtude disso, pode-se fazer uma analogia com a máxima de Platão ''De nada vale o ouro se não souber manuseá-lo'', ou seja, do que vale as especializações para os jovens sem experiência para exercer?. Sendo assim,  não vale nada, pois os jovens ficam em um ciclo de currículos com inúmeros cursos profissionalizantes, mas não tem nenhuma prática na área por falta de espaço .  Contudo, a pressa dos jovens de ascensão é um dos fatores mais importantes para o desemprego desses. Muitos dos que desejam ingressar no mercado de trabalho não aceitam começar em cargos inferiores e almejam logo o topo, até pelo altos graus de profissionalização já  adquiridos, como resultado, o desemprego novamente ''bate na porta''. Cria-se então uma dicotomia na sociedade, pois tem muitas vagas de emprego e muitos interessados, só que tem poucas vagas para a maioria deles, já que são novatos no assunto e ficam, dessa forma, com altos níveis de exoneração, isto acaba afetando até a economia brasileira, já que menos pessoas empregadas significa menos arrecadamento. Portanto, para acabar com essa dicotomia e com o ciclo de desemprego onde existe demanda, é preciso ações multifacetadas e de prazos variados. As instituições de ensino superiores ou técnicas em parcerias com empresas devem oferecer auxílio para os jovens, como editais de vagas desde as fases inciais da profissionalização, para assim criar profissionais já com certa experiência. Além disso, o Ministério do Trabalho em conjunto com o Poder judiciário deve criar leis que exigem das empresas uma porcentagem das vagas destinadas a novatos para adquirirem ''bagagem'' no mercado formal. Com essas ações, quiça os jovens consigam, igual a flor, romper as dificuldades por serem novos e conquistar espaço no mercado de trabalho e com isso diminuir os níveis de exoneração dessa gama.