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Enviada em: 27/08/2018

O impasse do desemprego entre jovens no Brasil        A recessão econômica no Brasil foi responsável pela alta taxa de desemprego entre as pessoas de 18 a 24 anos durante os últimos anos, afetando, principalmente, os jovens de classe baixa. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ipea em 2017, 57% dos cidadãos tal faixa etária procuram emprego há pelo menos um ano. Esse cenário se dá devido à mudança de perfil absorvido pelo mercado de trabalho atualmente. É indubitável que a população economicamente ativa mais nova teve um maior acesso ao ensino superior devido a programas como FIES, SISU e bolsas de estudo quando comparada às gerações anteriores de jovens. Além disso, é integrada por pessoas que tem mais contato com habilidades envolvendo tecnologia, aspecto também muito importante para concorrer a uma vaga de emprego.        Todavia, devido à sua democratização, essas duas habilidades se tornaram requisitos e não mais diferenciais. Isso torna a especialização e o conhecimento de línguas estrangeiras experiências essenciais para que o jovem se destaque no mercado de trabalho e concorra, assim, às melhores vagas de emprego disponíveis. Todavia, tais experiências não podem ser obtidas por toda a parcela de jovens que procuram por vagas. Aqueles que possuem renda baixa e não tem oportunidades de ingressarem em programas governamentais – devido à insuficiente destinação de verbas para a Educação no país – são obrigados a aceitarem empregos informais e mal remunerados ou a entrarem para a estatística do desemprego.        Dessa maneira, é preciso não só possibilitar que a população de 18 a 24 anos no Brasil tenha maior qualificação, como também é necessário analisar o recorte social e atuar onde o impasse é mais grave. Assim, é preciso que empresas, em convênio com o governo federal, estejam criem programas de jovens aprendizes e "trainees", com o objetivo de empregar e investir em mão de obra desqualificada, a fim de torná-las aptas às necessidades dos empregadores. Afinal, os jovens de hoje serão responsáveis pelo futuro do trabalho no Brasil.