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Enviada em: 27/08/2018

Max Weber, em seus pensamentos disse: “O trabalho enobrece o homem”. No entanto, no mundo hodierno vê-se o conhecimento como fator enobrecente do homem e o trabalho sendo apenas a reação. Nesse viés, estão inseridas as dificuldades dos jovens em ingressarem no mercado de trabalho. Muitos, já graduados, porém sem experiência, lutam pela posição profissional a qual chega a passos muitos longos. Essa é a realidade do contexto educacional e social que o país vive. Para tanto, cabe um despertar na educação brasileira para a resolução dessa problemática.            Em primeiro plano, é válido resgatar a filosofia de Sócrates, pela qual o reconhecimento da própria ignorância é o primeiro passo para a busca da verdade. Dessa forma, verifica-se que as dificuldades para a conquista do primeiro emprego originam-se no sistema educacional do país. É notória a falha tanto na formação básica dos indivíduos, como nas Universidades, pois, conforme o educador Paulo Freire, o maior entrave está na “educação bancária”, a qual apenas deposita informações encapsuladas, ausentes de práxis e humanização. Esse mecanismo torna o ensino do Brasil falho e com deficiências, as quais se estendem por longínquos caminhos.            Não bastasse isso, outro grande obstáculo é a necessidade de experiência profissional. Mas como um indivíduo recém-formado cumprirá tal exigência, se nenhuma empresa permite o seu primeiro emprego? Eis uma grande questão a ser debatida. Percebe-se a falta de investimentos das Universidades em projetos que ofereçam aos graduandos estágios supervisionados e vivências em ambientes profissionais. Além disso, o modismo dos cursos de educação a distância peca na qualidade da formação de jovens, os quais, muitas vezes, contam com métodos de ensino desumanizados e acabam por conquistar um diploma na ausência de aptidões específicas, dificultando sua conquista profissional.            Diante do exposto, cabe ao Ministério da Educação promover um sistema de ensino humanizado, excluindo a “educação bancária”, a partir de mecanismos que envolvam as características práticas e humanas de cada ser, a fim de formar profissionais de qualidade. Além disso, é pertinente a união das Universidades com órgãos governamentais para a formulação de projetos, os quais devem absorver os jovens graduandos em estágios, possibilitando a conquista de uma experiência relevante para a inserção no mercado de trabalho. Aliando todos esses fatores, os jovens do Brasil poderão obter maior qualificação profissional e ingressarem no mercado de trabalho com mais facilidade.