Materiais:
Enviada em: 29/08/2018

O filósofo John Kocke apontou o trabalho como fator capaz de criar valores humanísticos. Dessa forma, a inserção do jovem no mercado de trabalho torna-se tema recorrente. Atualmente, as cobranças em prol de capacitações profissionais são cada vez mais comuns, fato que não compactua com a realidade de anos atrás, onde por vezes, a prioridade era a ‘disposição’ do funcionário. Nesse sentido, observa-se um contexto rígido e contraproducente ao sistema preparatório vigente para o mercado.     Primeiramente, segundo Marx, a economia determina a sociedade, portanto, o lucro é priorizado. Assim, diante a um cenário globalizado a concorrência aumenta. Isso ocorre em virtude da demanda de profissionais especializados. Tangente, um projeto do governo denominado, “jovem aprendiz” instituiu a lei de aprendizagem, onde empresas de médio e grande porte devem contratar jovens de dupla jornada, matriculados no ensino médio ou cursos técnicos. Consequentemente, fornecendo oportunidade àqueles que ainda não tem um histórico profissional.       Ainda, apesar do incentivo governamental hodierno, muitos juvenis ainda estão desempregados. Isso porque, o programa não abrange toda a população, ademais, a conjuntura educativa configura-se precária, ensino público por vezes defasado com falta de professores, materiais didáticos e afins, e poucas vagas para cursos profissionalizantes são realidade no país. Como consequência, as maiores vítimas da recessão são os jovens, como aponta dados divulgados pela análise realizada no ano de 2017, pelo Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (IPEA).      É evidente, portanto, que ainda há entraves perante ao pressuposto referido. Cabe ao governo ampliar as verbas de impostos para esse meio, viabilizando as preparações técnicas, oferendo mais vagas, além de fornecer melhores salários aos professores da rede pública, e investir inerentemente nos meios educacionais, a fim de que os alunos saiam melhor preparados e suas chances no mercado de trabalho aumentem. Por fim, o MEC deve instituir palestras nas escolas para alertar os futuros empregados da importância de se especializar, tendo como finalidade a reversão positiva do dados que assolam a problemática.