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Enviada em: 31/08/2018

Jovens desempregados: o mal do século?              O tédio fora definido, pelos jovens autores da segunda geração romântica no Brasil, como o mal do século. No entanto, o cenário mudou: atualmente, para grande parte dos jovens, a maior dificuldade consiste em ingressar no mercado de trabalho. Esse fato deve-se, sobretudo, à baixa qualidade da educação e a pouca prioridade dada ao ensino profissionalizante.        Primeiramente, cabe destacar que a precariedade do ensino é uma das principais causas do desemprego da juventude. Nesse sentido, recorda-se o último resultado do PISA – teste que avalia a educação em 73 países: o Brasil ficou na 58ª colocação em leitura, 63ª em matemática e 65ª em ciências. Ademais, os brasileiros levaram em média 2,48 minutos por questão, contra 0,97 dos coreanos, por exemplo. Esses resultados demonstram que o sistema de ensino brasileiro, na comparação com outros países, tem formado jovens menos qualificados para o mercado de trabalho. Isso diminui os índices de produtividade da economia brasileira, o que, por sua vez, impede um maior crescimento econômico e, consequentemente, aumenta o desemprego.        Além disso, mesmo quando a escola é capaz de transmitir o conteúdo adequadamente, em virtude da falta de ensino profissionalizante, muitas vezes são formados jovens que, em sua maioria, não estão aptos a ocupar as vagas técnicas existentes nas indústrias e no setor de serviços. De pouco adianta para uma empresa do setor petroquímico, por exemplo, contratar um jovem que tenha excelentes resultados em português, história e geografia, mas que não tenha frequentado uma escola técnica de química industrial. Logo, uma política destinada a aumentar a empregabilidade dos jovens deve dotá-los de conhecimentos demandados pelo mercado de trabalho.        Diante disso, infere-se, portanto, que, para auxiliar a juventude a conquistar seus empregos, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais, propicie as condições – estrutura física, material didático, pagamento do piso salarial – e forneça incentivos financeiros às escolas e professores dos alunos que melhorarem suas notas em avaliações como o próprio PISA e a Prova Brasil. Concomitantemente, faz-se necessário que o MEC aliado ao Sistema S, aumente a oferta de ensino profissionalizante nas mais diversas áreas. Agindo dessa maneira, contribuir-se-á para o aumento da produtividade e empregabilidade dos jovens no Brasil.