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Enviada em: 01/09/2018

Na obra O Mito da Caverna, Platão mostra que a teoria do conhecimento, educação e senso crítico é fundamental para a construção do Estado ideal. Entretanto, hodiernamente, quando se analisa o panorama atual dos jovens na ingressão no mercado de trabalho, constata-se que o raciocínio do filósofo não se encontra presente na sociedade brasileira. Diante disso, convém analisar como os avanços tecnológicos e a terceirização do mercado trabalhista provocam os casos de tal problemática na vida dos jovens.  É indiscutível que os avanços tecnológicos estejam entre as causas do problema. Na Primeira Revolução Industrial, o empresariado na busca de reduzir seus gastos, acrescentou as máquinas a vapor em suas empresas, causando então o desemprego estrutural. Séculos após o fato histórico, observa-se que o desemprego enfrentado pelos jovens é resultante da substituição do homem pelo maquinário, uma vez que o ser humano não produz tanto como à máquina. Logo, nota-se que as dificuldades dos jovens de ingressarem no mercado trabalhista está ligado aos avanços tecnológicos.   Ademais, destaca-se a terceirização do mercado de trabalho como impulsionador do problema. De acordo com site G1, a evasão escolar no ensino médio alcança 11% do total de alunos. Dessa forma, repara-se que esses estudantes não se encaixam no mercado trabalhista contemporâneo, tendo em vista que o processo de terceirização no Brasil se intensificou a partir da década de 1990, atingindo tanto áreas periféricas, quanto as centrais. Portanto, evidencia-se que a ausência de investimentos que promovam a permanência dos jovens nas instituições educacionais causa o desemprego juvenil.   Portanto, indiscutivelmente, medidas são necessárias para combater as dificuldades enfrentadas pelos jovens na ingressão no mercado de trabalho. Sendo assim, faz-se necessário que o Ministério da Educação crie projetos como cursos profissionalizantes e bolsas permanência para alunos de instituições educacionais públicas, promovendo o aprendizado de novas tecnologias e a permanência dos jovens nos colégios. Dessa forma, o Brasil se tornará um Estado ideal, segundo Platão.