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Enviada em: 13/10/2018

Com o modelo de produção toyotista, surgido durante a Revolução Industrial, o trabalhador passou a ter múltiplas habilidades e competências, uma vez que as empresas investiam fortemente na qualificação dos seus funcionários. De maneira análoga, nos dias atuais, existe uma grande demanda por jovens qualificados no mercado de trabalho, que, aliada à falta de experiência dos mesmos, representam as principais dificuldades enfrentadas pela classe juvenil em busca de emprego.           Em primeiro lugar, observa-se a exigência de qualificação profissional das empresas no momento de contratação dos funcionários. De acordo com uma pesquisa feita pela empresa Robert Half e divulgada pela Revista EXAME, 76% dos executivos brasileiros afirmam ser muito desafiador, atualmente, encontrar profissionais qualificados. Por conseguinte, isso reduz a empregabilidade dos jovens, uma vez que costumam ser os menos selecionados para ocupar cargos de trabalho, devido a fatores como a escolaridade incompleta e a falta de especialização, por exemplo. Nesse sentido, são necessárias políticas públicas para a implantação de cursos profissionalizantes no país.           Em segundo lugar, a pouca experiência profissional também dificulta a conquista de emprego para os jovens. Segundo o filósofo Michel Foucault, à medida em que as relações socioeconômicas sofrem mudança são produzidas novas relações de poder, mais adequadas às necessidades do poder dominante. Nesse contexto, percebe-se que os empregadores podem ser caracterizados como a classe dominante, exigindo que, além de qualificados, os funcionários também estejam habituados com os serviços que serão prestados por eles, cujas principais justificativas da empresa são a busca por uma maior produtividade e pela redução de custos com capacitação de funcionários. Sendo assim, é preciso que o jovem adquira certa preparação profissional desde a formação acadêmica.            Diante dos fatos mencionados, torne-se necessário buscar medidas que propiciem a ingressão de jovens no mercado de trabalho. Para resolver tal impasse, é cabível ao Ministério do Trabalho, em parceria com o Ministério da Educação, a criação de programas educacionais voltados à capacitação profissional dos jovens durante a formação acadêmica, por meio de cursos de especialização, aprimoramento de competências técnicas e planejamento de marketing e vendas, feitos por uma equipe qualificada de educadores atuantes nas áreas que os alunos pretendem seguir carreira. Dessa forma, será possível investir na excelência da comunidade juvenil enquanto estudantes e prepará-la para a vida profissional.