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Enviada em: 27/09/2018

Na última década, surgiu no Brasil o programa "Jovem Aprendiz", com a intenção de oferecer mais oportunidades para o ingresso dos jovens no mercado de trabalho. No entanto, com a crise hodierna no setor de empregabilidade, as dificuldades dos jovens de ingressarem no mercado trabalhista é crescente, em decorrência da incapacitação dos jovens, além da alta exigência das empresas, que focam na contratação de funcionários experientes, para receberem um retorno com uma maior rapidez.       Hodiernamente, o sistema educacional público utiliza uma metodologia de ensino arcaica, ou seja, não evoluiu conforme as exigências cobradas no mundo trabalhista. Basicamente, as escolas focam suas grades de ensino na preparação dos alunos para os vestibulares, de modo a negligenciar o preparo dos jovens para o mercado de trabalho, sem a implantação de aulas e cursos profissionalizantes. Portanto, os jovens de baixa renda não possuem condições financeiras para a realização dos cursos exigidos em vagas nas grandes empresas, de modo a excluir uma grande parcela de jovens, dos selecionáveis. Esse fato contribui para um aumento dos jovens desviados para a criminalidade, os quais sem oportunidades, recorrem ao crime como única forma de renda.       Ademais, a crise econômica atual afeta também os empregadores. As empresas possuem um limitado capital para a contratação de novos funcionários, de modo a fazer com que a preferência na hora da admissão seja daqueles que possuem experiência na área exigida, a fim de evitar preparos iniciais e começar a produzir o quanto antes. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do total de desempregados entre 18 e 24 anos, apenas 25% voltaram a trabalhar, dado esse que serve como demonstrativo da real preferência dos empregadores pelos profissionais mais experientes. Contudo, sem oportunidades de emprego, cria-se um verdadeiro dilema frente a exigência de experiências, já que sem oportunidades, não é possível adquirir experiência alguma. Desse modo, é notório a necessidade de mudanças nesse quesito, a fim de solucionar esse déficit e criar oportunidades para os jovens no Brasil.             Diante os argumentos apresentados, o Ministério da Educação deve acrescentar na grade curricular das escolas públicas, cursos profissionalizantes lecionados por professores capacitados, os quais os alunos poderão escolher aquele de seu interesse, a fim de proporcionar uma qualificação profissional a todos, e principalmente, àqueles que não possuem condições. Além disso, é fundamental que o Governo incentive as empresas por meio de parcerias público/privados, a fim de aumentar o número de jovens a ingressarem no mercado de trabalho, de modo a diminuir não somente o número de desempregados, quanto o número de jovens envolvidos na criminalidade por falta de opções.