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Enviada em: 30/09/2018

Intimamente ligado ao desenvolvimento das civilizações humanas ao longo da história, o trabalho sempre foi a conexão entre o indivíduo e a sociedade, promovendo o bem individual e comum. Entretanto, percebe-se que, no Brasil, a juventude compõe um grupo altamente desfavorecido no tocante ao processo de encontrar um ofício, visto que o país encontra uma série de desafios para atender essa demanda. Nesse contexto, torna-se evidente a carência de recursos pedagógicos para a capitação profissional dos jovens, bem como a ausência de conexões entre escolas e empresas. A princípio, é preciso salientar que a atual estrutura educacional não contempla integralmente a capacitação profissional dos jovens. Isso porque os programas pedagógicos não estão alinhados às transformações e demandas de um mundo globalizado. Enquanto países como a Coréia do Sul e Singapura adotam maneiras de ensinar baseadas no uso de recursos tecnológicos, facilitando a inserção de seus jovens no mercado de trabalho, no Brasil, a educação básica baseia-se em métodos de ensino arcaicos, com pouca interação com as novas tecnologias no ambiente escolar. Diante disso, a negligência do Estado ao investir minimamente em novos processos educacionais, dificulta a inserção dos jovens não somente ao mundo do trabalho, bem como ao mundo globalizado. Além disso, a ausência de conexões entre empresas e escolas dificulta do público jovem o acesso à informações relevantes no que diz respeito aos processos seletivos e de contratação. Jovens recém-saídos do ensino médio muitas vezes não tiveram contato com nenhuma empresa até então: seja em relação aos processos seletivos de estágios ou de menor aprendiz, como também em relação quais são as demandas das empresas quanto as qualificações profissionais desejadas. Sob esse contexto, vê-se a falta de incentivos para a construção de sinergias entre o ambiente escolar e profissional, prejudicando o encontro de empregos por parte dos jovens. Logo, para enfrentar os problemas supracitados, é necessário que o Ministério da Educação estabeleça novas diretrizes quanto às arcaicas estruturas curriculares existentes.  Isso de fará por meio da introdução de matérias obrigatórias referentes às demandas do mundo globalizado, relacionadas ao uso e entendimento efetivo das novas tecnologias, estabelecendo uma nova cultura de aprendizado. No que se refere a ausência de sincronia entre empresas e escolas, é necessário que o Estado fomente  as instituições já existentes, como o CIEE, integrando-os efetivamente no ambiente escolar. Pode-se fazer isso intermediando as relações entre a gestão escolar e o CIEE, a fim de promover palestras e processos seletivos. Tais proposições têm como objetivo facilitar a introdução dos jovens no mercado de trabalho e dinamizar seus processos de aprendizado.