Enviada em: 01/10/2018

A Carta Magna de 1988 assegura que os cidadãos brasileiros gozem de direitos imprescindíveis para a manutenção da equivalência social.Verifica-se,porém,grande discrepância entre a teoria com a realidade nacional,visto que notam-se desafios intrinsecamente ligados à problemática da inserção do jovem no mercado de trabalho hodierno,sejo por interesses econômicos,sejo pelo descaso governamental.     Consoante Émile Durkheim,o fato social é o modo coletivo de agir e de pensar,logo uma pessoa que vive em uma sociedade voltada ao lucro tende a adotar essa singularidade.Em reflexo disso,significativa parcela das empresas contratam funcionários mais experientes,fenômeno correlacionado diretamente com a elevada taxa de desemprego entre os indivíduos de 18 a 24 anos.No entanto,outro fator relevante são as frequentes demissões dos trabalhadores mais jovens,pois é mais viável economicamente exonerar uma pessoa com pouco tempo de serviço prestado,visto que tal fator diminui os custos com direitos trabalhistas.       Além disso,na obra ''Capitães de Areia'',o escritor baiano Jorge Amado expõe,por meio do grupo liderado por Pedro Bala,a negligência estatal com a capacitação profissional dos adolescentes.Nesse contexto,persiste uma incompatibilidade - histórica - entre a formação laboral do jovem com a exigência do mercado de trabalho.Com isso,tornou-se comum empregados que falham em funções que envolvem o manejo de máquinas e instrumentos de última geração,afinal o baixo investimento em pesquisas e em tecnologias distância o jovem do mercado de trabalho.   Urge,portanto,que o Estado,através de parcerias público-privadas,aumente o investimento na capacitação profissional,visando à qualificação plena do indivíduo jovem que deseja ingressar no mercado de trabalho.Ademais,cabe ao Legislativo implementar uma lei que ofereça subsídios fiscais às empresas que diminuírem os índices de demissões aos  trabalhadores recém - contratados.Com essas medidas,talvez,a teoria da Constituição Cidadã torne-se realidade.