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Enviada em: 05/10/2018

A Constituição Cidadã estabelece o trabalho como um direito social fundamental. No entanto, nos dias atuais, percebe-se um déficit de políticas públicas direcionadas a inserção dos jovens ao mercado de trabalho. Tal situação reflete-se na alta taxa de desempregados com idade entre 18 e 19 anos, 26,6% segundo pesquisa realizada em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.       Em primeiro lugar, cabe destacar a precária qualidade da educação brasileira como uma das responsáveis por esse cenário. Isso porque, com o advento do sistema produtivo Taylorista no final do século XIX, tornou-se fundamental a qualificação dos trabalhadores. Porém, o Brasil figura nos últimos lugares no ranking de educação mundial, ano após ano, perpetuando essa problemática.       Ademais, não só qualificação é importante para o mercado de trabalho mas também experiência. Uma maneira de contornar a ausência de prática é a realização de estágios. Mas segundo o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos Paulo Sardinha, a crise econômica faz com que as empresas desvirtuem o objetivo do estágio, exigindo experiência para a contratação. Sendo assim, torna-se ainda mais difícil a entrada dessa faixa da população no mercado de trabalho.       Portanto, para solucionar essa dificuldade encontrada pelos jovens faz-se necessário que o Ministério da Educação cumpra a Constituição de 1988. Esta define qualificação profissional como finalidade da educação brasileira. Para isso, é fundamental ampliar o número de escolas técnicas visando ofertar cursos de acordo com a realidade local de cada região. Além de garantir através da legislação que as empresas não exijam experiência para estágios. Desse modo, os jovens terão qualificação suficiente para atender os requisitos dos empregadores e poderão adquirir suas primeiras experiências profissionais.