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Enviada em: 21/05/2018

"Nem toda mulher gosta de apanhar, apenas as normais". Esta citação de Nelson Rodrigues, escritor e dramaturgo brasileiro mesmo sendo de caráter lúdico, nos remete ao principal problema em relação aos casos de assédio contra as mulheres: a cultura brasileira. Entre os fatores que alicerçam essa problemática, pode-se facilmente destacar uma cultura patriarcalista, além da naturalização do assédio às mulheres, advindas das mídias, filmes e meios de comunicação em geral.        Dessa forma, a cultura machista e patriarcalista é o principal fator responsável pelas desafios contra o assédio sexual, esse cenário ocorre porque esse modo de pensar advém de moldes europeus no período da colonização brasileira, moldes esses onde o homem é visto de forma superior já a mulher, inferiorizada, que é vista como objeto pelos homens. Cultura essa que se difundiu e perpetuou no Brasil pós colonização trás como consequência que as mulheres são vistas como objeto sexual, nas quais são maltratadas, abusadas sexualmente e moralmente e até estupradas, e o pior de tudo: muitas das vezes a culpa se recai sobre elas, sendo vítimas e "culpadas" ao mesmo tempo. Segundo pesquisa realizada pela campanha "Chega de Fiu Fiu", revelou que 85% das entrevistadas já tiveram seus corpos trocados sem permissão, o que prova a autenticidade dessa cultura machista.        Além disso, outra desafio para reduzir o assédio e o combate às formas de propagação dessa cultura machista advêm principalmente da televisão, filmes e mídias  em geral, nas quais colocam a mulher como atrativo visual ou sexual coisificando a sexualidade e a beleza feminina. Resulta dessa atitude a normalização e a naturalização da violência e dos assédios sexuais contra as mulheres.        "Quando se respeita alguém, não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento", essa frase da filósofa francesa Simone Beauvoir nos remete a solução desse tema tão polêmico: o respeito.  Visto isso o Governo Federal em parceria com as mídias de todo país, devem criar uma campanha de conscientização de cunho educacional sobre os direitos e a igualdade da mulher, em todos os campos da sociedade, para a difusão do respeito a tais cidadãs. Além de criar leis e formas de punição mais severas através do Poder Legislativo, para punir e reeducar pessoas que cometam algum tipo de assédio a elas, dessa forma, garantindo maior respeito, liberdade e segurança a todos.