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Enviada em: 27/04/2018

A violência sexual praticada por portugueses nas comunidades indígenas tornou-se recorrente a partir do século XVI. Nesse contexto, o assédio sexual - e até mesmo o estupro - revelam-se como um problema que não se restringe na atualidade, mas gradativamente, consolidou-se na realidade social ao longo do tempo. Desse modo, tal problemática sustenta-se atualmente, na mediatização do corpo feminino aliada à indiferença do Estado em garantir o equilíbrio social.       Primeiramente, deve-se avaliar o contexto sob um viés midiático. À vista disso, Paulo Freire preconizou que as pessoas se educam reciprocamente mediatizados pelo mundo. Analogicamente, infere-se que estereotipação da mulher nos meios sociais corrobora a continuidade do problema, posto que, os programas da atualidade que vendem um perfil feminino sexual estabelece um paradigma que ratifica a mulher como algo predestinado para o sexo. Logo, forma-se uma consciência social de que o corpo feminino é algo livre para ser "tocado" ou "comentado" abertamente.       Outrossim, a ação do Estado deve ser revisada. Nesse sentido, Confúcio enfatizou que um bom governo é aquele que aproxima os que estão distantes e faz feliz sob o que sob ele estão. Sob tal ótica, comprova-se que a omissão governamental faz-se presente na sociedade, um vez que, a insegurança e o temor que as mulheres sofrem diariamente refletem um governo indiferente que não busca combater as mazelas sociais que cerceiam os direitos das mulheres.        Urge, portanto, uma mobilização na sociedade que mitigue o problema. Nesse preceito, é imperativo que as mídias televisivas e escritas deixem de tratar de assuntos que transmitem um conteúdo feminino estritamente sexual e influenciador da consciência coletiva, como em propagandas de bebidas alcoólicas que retratam a mulher como um "bônus" após a adesão do produto. Ademais, ainda cabe aos meios midiáticos promover a campanhas de abrangência nacional que condenem e marginalizem o assédio, além de incitar a denúncia do crime pela sociedade. Paralelamente, o Governo Federal, como o feito de erradicar esse revés, deve fortalecer o caráter fiscalizador e punitivo desses atos , com pena aumentada e prestação de serviços comunitários. Dessa forma, os traumas herdados do período colonial não será mais uma realidade na contemporaneidade