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Enviada em: 30/04/2018

Desde o iluminismo,entende-se que uma sociedade só progride quando um indivíduo mobiliza-se com o problema do outro.No entanto,quando se observam os desafios para reduzir os casos de assédio sexual no Brasil,hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática insiste intrinsecamente ligada à realidade do país.Se por um lado ,os direitos conquistados pelas mulheres são maiores a cada ano,por outro, o abuso sexual,tanto no âmbito público,quanto no privado,está presente em seus cotidianos. Com efeito,evidencia-se a necessidade de promover melhorias no sistema político e educacional do país.         Em primeiro lugar,é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema.Segundo o filósofo grego Aristóteles “a política deve ser utilizada que de modo que,por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade”.De maneira análoga, é possível perceber que ,no Brasil,a falta de fiscalização nos transportes públicos rompe essa harmonia.Um exemplo desse contexto são os "vagões rosa",esses vagões de metrôs e trens são  destinados às mulheres com o intuito de inibir o assédio sexual.Entretanto,tal ação é deficitária quando não há fiscalização e muitos homens entram nesses lugares sem dificuldade.          Contudo, diante de tantos impasses frente ao problema do tema, ainda há outro contexto para o agravamento do mesmo.Sem dúvidas, o assédio sexual também está presente no ambiente de trabalho de muitas pessoas,principalmente,no caso das mulheres.Muitos casos de situações constrangedoras,incluindo o estupro,vem à tona na grande mídia.Entretanto,a maioria dos abusos sexuais não tem repercussão,dificultando a sua resolução ou diminuindo a sua importância para a sociedade.Em suma,uma cantada ou até mesmo um convite para sair pode ser feito desde que não haja nenhuma ameaça contra o indivíduo ou seu posto de trabalho.       Infere-se, portanto, que o assédio sexual,seja no âmbito público,seja no privado, é uma atitude inaceitável e como tal deve ser sanada.Cabe ao Ministério dos Direitos Humanos,com o apoio da iniciativa privada,aumentar a fiscalização para combater possíveis assediadores nos serviços oferecidos à população,através de fiscais responsáveis por monitorar e proibir a entrada de homens nos "vagões rosa".Como já foi dito por Paulo Freire, “a educação muda as pessoas e essas mudam o mundo”.Logo,as escolas,por meio do Ministério da Educação (MEC),devem instituir palestras ministradas por psicólogos e professores que discutam o combate à violação do corpo da mulher, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus utilizando o conhecimento empírico,ou seja,o pensamento racional proposto pelo filósofo iluminista John Locke.