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Enviada em: 11/05/2018

Segundo Gandhi: "O futuro depende do que fazemos no presente". Nesse sentido, combater o assédio e a violência contra a mulher no agora, é essencial para a construção de uma sociedade mais justa à posteriori. Contudo, no Brasil, nossas heranças culturais, ligadas ao falocentrismo, somadas à falta de civilidade dificultam a resolução desse problema.        É importante pontuar, de início, que ao longo da história a maior parte dos textos literários, das esculturas, das pinturas e das diversas expressões artísticas foram feitas por homens e para homens. Assim, é “comum” que a maior parte da produção cultural da humanidade retrate a mulher apenas como uma objeto de desejo sexual. Contudo, segundo Vitor Hugo: “Não há nada tão poderoso quanto uma ideia cujo tempo chegou” e esse tempo chegou para as idéias de  igualdade entre os gêneros, valorização do universo feminino e respeito às mulheres.       É valido salientar, ainda, que na visão da filosofa alemã Hannah Arendt em sua tese de banalização do mal, somente o bem carece de reflexão. Isto é, as grandes atrocidades da história, em geral, não foram cometidas por indivíduos extremamente cruéis, mas, por indivíduos incapazes de refletir sobre as consequências de seus atos. De forma análoga, os casos de assédios vistos no Brasil, provém de homens que simplesmente repetem bestializados as misoginias das gerações passadas. Os casos de assédio são, pois, fruto da falta de reflexão e pensamento crítico.        Cabe, portanto, ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve pautar esse tema, em debates nas redes sociais de modo a fomentar o repúdio ao assédio no seio da sociedade. O Estado, por sua vez, deve, por intermédio do ministério da educação, lançar campanhas de combate à violência contra à mulher nas instituições de ensino. Além disso, cabe ao ministério da saúde, fornecer apoio psicológico, nos postos de atenção básica, as vítimas desse crime.