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Enviada em: 21/05/2018

É do conhecimento geral a grande desigualdade e violação dos direitos das mulheres ao longo da história. Nesse contexto, principalmente a partir do século XX, as mobilizações do feminismo alcançaram várias ações democráticas, como o primeiro voto feminino na década de 30 e a Delegacia da Mulher em 2006. Entretanto, mesmo com tantos avanços, o assédio sexual ainda é um dos grandes obstáculos para o exercício da cidadania do Brasil.    Nessa perspectiva, é necessário pontuar que a problemática está intrínseca às heranças históricas de submissão e violações dos direitos da mulher ao longos dos anos, como piadas sexualmente explícitas, apalpações consideradas ''normais'' e o famoso discurso de '' Ela pediu''. Nesse ínterim, segundo o filósofo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada de coercitividade, generalidade e exterioridade. Ou seja, crianças inseridas em contextos  machistas estão propícias a disseminar o assédio de geração para geração.     Por conseguinte, não só a violência verbal é disseminada mas também agressões físicas. Destarte, conforme dados do anuário brasileiro de segurança pública do ano de 2015, a cada 11 minutos uma mulher é estrupada no Brasil. Consequentemente, são inúmeros os problemas que tangenciam tais ações, como doenças psicológicas, submissão da mulher no mercado de trabalho e o fortalecimento da cultura machista no Brasil, o que é inadmissível e necessita ser debatido.    Fica claro, portanto, que medidas devem ser adotadas para reduzir os casos de assédio sexual e o exercício da cidadania no Brasil. Para isso, Deputados e Senadores devem criminalizar ações físicas e não verbais, como cantadas sexuais, que são consideradas ''normais'' pelos machistas, por meio de leis rígidas e multas a quem praticá-las. Além disso, urge que ONGs e escolas promovam aulas de repulsão ao assédio sexual, por intermédio de atividades lúdicas que despertem o interesse do educando em respeitar os direitos das mulheres.