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Enviada em: 01/06/2018

A história da civilização humana mostra que a sociedade sempre foi, e ainda é, fortemente patriarcal, organizando-se de forma a secundarizar o papel da mulher. Tal estrutura fomenta diversas formas de desigualdades, evidenciadas nas disparidades salariais, na baixa representatividade política e nos assédios sexuais cotidianos. Estes últimos, os mais vis e primitivos, merecem destaque, já que sua principal problemática reside em sua banalização, a qual sucinta sua indiscriminação e sua aceitação por parte da população.    Tal circunstância é observada no dia a dia do cidadão. Diariamente, mulheres são desrespeitadas física e psicologicamente, desde pseudo-elogios até o toque físico invasivo e abusivo. Estas atitudes são geradas, primordialmente, por uma mentalidade machista antiga que ainda vigora no corpo social. Tal pensamento é enraizado na formação da sociedade historicamente patriarcal, o qual sempre desvalorizou e objetificou a mulher, excluindo-a da participação política e econômica.    Não bastando as raízes centenárias, esse ideário machista insiste em sobreviver no meio cultural. Todos os meios de comunicação em massa, principais responsáveis pela formação identitária de uma nação, persistem na repetição de padrões retrógrados e ultrapassados, como a fragilidade e dependência  da mulher em relação ao homem. Este conceito é facilmente visto em livros, filmes, novelas, entre outros.    Assim, torna-se evidente o urgente combate à trivialização dos assédios sexuais contra as mulheres. Para tanto, é necessário uma mobilização conjunta da sociedade para a erradicação desse mal histórico. Por parte do Estado, exige-se o aumento das delegacias especializadas na defesa  da mulher, garantindo o atendimento eficiente das denúncias, e o fortalecimento das leis que combatem os assédios, diminuindo, consequentemente, a incidência destes. Por parte da comunidade, necessita-se a conscientização sobre a temática, disseminando através dos meios  de comunicação, o debate a respeito do problema, destruindo, assim, o preconceito e a ignorância. Dessa forma, cria-se um ambiente favorável para o florescimento de uma sociedade mais justa e igual.