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Enviada em: 13/06/2018

"O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível". Segundo Weber, a persistência está diretamente ligada à realização do "impossível". No entanto, quando se observa os desafios para reduzir os casos de assédio sexual, verifica-se que esse ideal weberiano é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, cooperando com a permanência da problemática. Assim, a incessante luta contra o assédio sexual, no Brasil, tanto escancara o terrível conformismo comunitário, quanto clama pelo envolvimento social e governamental.    É indubitável que, desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Por essa perspectiva, é de extrema importância que a população brasileira tenha empatia para com o próximo. Entretanto, é comum ver a estagnação social perante às situações de violência sexual, que pela insensibilidade devido a uma sociedade rígida e individualista, agrava, paulatinamente, o problema. Dessa forma, o alcance da teoria weberiana é inviável no Brasil.     Ademais, a escassez de esforços estatais para a prática da justiça proporciona a persistência da mazela. Nesse sentido, a teoria do Imperativo Categórico, de Immanuel Kant, afirmara que os indivíduos deveriam ser tratados não como coisas que possuem valor, mas como pessoas que têm dignidade. Partindo desse pressuposto, nota-se que o Estado tem ido contra o postulado filosófico, uma vez que investimentos na área de justiça e segurança pública são colocados em segundo plano. Desse modo, vê-se que a Pátria Amada urge a alteração da lei ou sua real aplicação, assegurado, assim, a proteção dos cidadãos de qualquer tratamento violento, abusivo e compulsório.     Infere-se, pois, que a nociva refutação contra os desafios para reduzir o assédio sexual requer um comportamento social altruísta e políticas públicas ativas. Portanto, recomenda-se que a mídia, o quarto poder, por meio de novelas e propagandas, divulgue informações sobre o colossal de casos de assédio sexuai, a fim de mitigar o preponderante comodismo social. Outrossim, cabe ao poder legislativo, em parceria com o Ministério da Segurança, investir na reformulação e criação de leis, aplicando maneiras justas de punição, com o propósito de extinguir qualquer tratamento que fira a integridade física e moral dos cidadãos e consequentemente a Constituição Federal. Logo, com o constante apoio estatal e comunitário, o corrosivo combate ao assédio sexual, no Brasil, seguirá a realidade descrita por Weber, tornando o impossível, possível.