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Enviada em: 21/06/2018

Nas ruas, no transporte público, no trabalho. Em todo lugar a mulher está sujeita a sofrer assédio sexual e ainda ser culpada por esse ato que se dá por parte de homens que perpetuam a horrenda herança machista. Ademais, o patriarcalismo colaborou para a objetificação da figura feminina, causando, infelizmente, uma desagradável realidade para as brasileiras: o medo constante, a aflição de pegar um transporte público só com homens e a vulnerabilidade no dia a dia. Dessa forma, surge o desafio de combater, com urgência, esses atos extremamente desrespeitosos.       Primeiramente, a sociedade patriarcalista colocava a mulher como objeto de procriação e submissa ao homem. Partindo-se dessa ideia, muitos brasileiros perpetuam essa herança machista, aumentando os índices de abuso sexual e desrespeito a figura feminina, a medida em que é vista como figura dotada de sexualidade. Assim sendo, os praticantes desses atos são o que Emille Durkheim chamou de anomia, ou seja, causam uma desorganização social, já que a brasileira fica rotineiramente refém do medo. Além disso, devido a visão alienada e antiquada da população, a culpa acaba sendo da mulher, afinal ela “não estava com a roupa adequada” , “deve ter provocado” ou “não deveria estar na rua sozinha aquela hora”. Infelizmente, são frases que são ouvidas atualmente, e que mostra a urgente necessidade de combater o assedio sexual, junto ao machismo.       Em segundo lugar, é extremamente angustiante para as passageiras usarem transporte público, como as vans do Rio de Janeiro, somente com homens, é uma sensação de medo e ansiedade até o destino final, uma situação um tanto quanto desumana, a qual a liberdade de ir e vir tranquilamente é retirada. Além disso, a mulher é praticamente obrigada a mudar até mesmo sua roupa, na tentativa de evitar as cantadas e olhadas desrespeitosas nas ruas, o que não é eficaz, já que a causa desse ato não é a roupa, e sim o machismo preponderante. E tem mais, até mesmo no trabalho acontecem constantes casos de abuso sexual, onde a trabalhadora, muitas vezes, fica vulnerável aquela atitude, com medo de denunciar, já que é a única fonte de renda e não pode perder o emprego. Dessa forma, o medo passa a acompanhar as brasileiras diariamente.       Nota-se, portanto, que, infelizmente, a insegurança está presente no dia a dia das mulheres, devido as ideias machistas que ocasionam casos de abuso sexual. Logo, é imprescindível que a mídia apresente novelas que abordem sobre a rotina de uma brasileira, que diariamente sofre com esses atos repugnantes, além de abordar sobre a importância da denúncia e também com o intuito de conscientização de que isso deve acabar com urgência. Ainda com essa visão, é de extrema importância que a delegacia da mulher disponibilize muitas linhas de denúncia anônima, para que mais casos possam ser solucionados. Junto a isso, o Poder Legislativo, junto ao Governo Federal, deve fazer leis mais rígidas e punitivas para quem abusa sexualmente de uma mulher, para que os homens pensem antes de agir e, dessa maneira, não tenha mais tal atitude desrespeitosa e de tamanha grosseria.