Materiais:
Enviada em: 24/06/2018

Torcedores brasileiros vão a Rússia, fazem cantoria machista em torno de uma mulher que não domina a Língua Portuguesa, se filmam e o vídeo "viraliza" nas redes sociais, isso aconteceu na copa do mundo de 2018. São comportamentos como o exposto que deve ser paulatinamente combatido em todo o mundo. Assim, um dos maiores desafios da sociedade contemporânea são reconhecer o assédio sexual e não culpar a vítima.       O grande obstáculo, primeiramente, é assumir a existência do modelo patriarcal que ainda se encontra nas entranhas da sociedade, o qual promove a suavização das palavras e das ações dos agressores. Embora esse entrave permita o silêncio das testemunhas, um levantamento do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em 2016, mostra que ocorreu um aumento de 26% no número de denúncias de assédio sexual na cidade de São Paulo o que confirma que a população tem se mostrado mais atuante.       Além disso, os profissionais que atendem as vítimas, muitas vezes, não estão preparados para prestar assistência de qualidade, uma vez que o discurso da culpabilização da vítima é o mais comum. O temor dessa fala, faz a assediada não procurar seus direitos como também, adoecer possivelmente, pois se sente culpada pelo ocorrido. A necessidade de cumprir os critérios descritos no código penal para que o assédio sexual seja considerado crime são o superior hierárquico contra o subordinado e este tentando obter um favor sexual ou oferecendo alguma vantagem, o que dificulta o processo e deixa a encargo do juiz decidir caso a caso.       Para reduzir o número de assédio sexual, logo, é necessário aumentar o de denúncias e para tal campanhas publicitárias divulgando telefones e endereços, por meio da mídia e das secretarias municipais com orçamento público fomentando a importância da delação e garantindo a divulgação das imagens dos assediadores com retrato falado com o objetivo de reprimir os agressores e assegurar as vítimas. Ademais, é necessária uma mudança no código penal no qual o assédio sexual em forma de cantadas, exposição do órgão genital ou masturbação em locais públicos seja considerado crime e, em caso de reincidência, não exista a possibilidade de fiança com o objetivo de repelir a violação. Assim, a redução desse ato pode acontecer de maneira contundente.