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Enviada em: 23/06/2018

"A Filha da Índia" é um documentário que fala sobre o estrupo coletivo que resultou na morte da jovem Jyoti Singh, quando estava em um ônibus voltando para casa, retratando, assim, uma cultura baseada na diminuição do papel da mulher, como seres inferiores e passíveis de atos violentos de todas as partes. Tais situações ocorrem de forma omissa na maioria das vezes,inclusive no Brasil, em que as ocorrências de abuso e violência sexual perpetuam na sociedade. Dessa forma, é importante analisar quais os geradores para a persistência de atos contra a integridade moral e física da mulher.    Analisa-se, de início, que os fatores primordiais para a manutenção de tal problemática residem  no senso comum que atrapalha, completamente, o entendimento da questão e também  na atitude, da maioria dos homens, de tornar o corpo um objeto de prazer. Existe uma certa dificuldade do senso comum em aceitar a diferença entre assédio e paquera, porém há um a distinção entre estas duas palavras que é, justamente, o consentimento. Ou seja, aproximação e comportamento abusivo são coisas completamente diferentes, e todas as pessoas têm o dever de saber diferencia-las. Logo,  ninguém deveria ter  medo de caminhar pelas ruas simplesmente porque nasceu mulher. Mas, infelizmente, isso é algo que acontece todos os dias, sendo um problema "invisível", que pouco se discute e quase nada se sabe sobre o tamanho e a natureza do problema.   Pontua-se, ainda, que o assédio sexual  , especialmente o das ruas, é um desrespeito à dignidade das mulheres. Vinculado a conceitos retrógrados de classificação das mulheres entre as “de casa” e as “da rua”, o assédio nos espaços fora do ambiente doméstico familiar é uma forma de constrangimento ao direito de ir e vir das mulheres. Ele extrapola o interesse interpessoal, pois coloca todas as mulheres como objetos, igualmente disponíveis para o exercício da sexualidade do homem, somente por estarem ocupando os espaços públicos. Prova disso é que segundo a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo, entre janeiro e dezembro de 2017, foram registrados cerca de 57.508 mil casos de assédio físico, sexual e moral, logo, essa realidade põe em risco a integridade da vítima.    Compreende-se, portanto, que ações devem ser feitas em prol da proteção à mulher. Assim, urge que o Ministério da Justiça promova penalidades e punições a assediadores, por meio de multas ou até mesmo prisões domiciliares, a fim de que se tenha um real respeito e seguridade diante da mulher na sociedade. Outro fator coadjuvante é que escolas e universidades proporcionem aos alunos palestras para discussão do tema ,através da presença de pessoas que já sofreram tais abusos e que possam os relatar, sendo essa uma forma de disseminar o exercício da cidadania e da alteridade perante a mulher , assim, se espera que  haja mais respeito e segurança diante desta causa.