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Enviada em: 18/06/2018

É indubitável que a ideia de "sexo frágil" foi atribuída à mulheres de maneira equivocada por muito tempo.Diante desse quadro, o protagonismo feminino é mitigado em diversos âmbitos, assim como casos de assédio sexual.Nesse sentido, é necessário que a concepção de sistema patriarcal seja vencida pelo respeito e a luta por direitos.    Em primeiro plano, é possível observar que o assédio sexual tem forte relação com o patriarcado, visto que, o sistema conduziu atitudes de homens e mulheres, tendo como efeito uma sociedade moldada pelo machismo.Ofender mulheres com palavras sexualizadas é, infelizmente, comum de acontecer em espaços públicos e passar despercebido, assim como o "fiu-fiu".Tal fato pode ser evidenciado pela ideia de Ação Social do sociólogo Max Weber, a qual revela que o indivíduo se espelha em práticas frequentes da própria sociedade.Assim, é notório que neutralizar o assédio trouxe consequências desafiantes que precisam ser combatidas, expondo claramente que as vítimas são as mulheres e os crimes contra essas precisam ter responsáveis.   Vale ressaltar, também, que discursos usados como justificativas reforçam pensamentos de que a culpa é da mulher.Vestimenta, dança, modo de vida ou qualquer outra característica não devem definir as motivações de um assédio.De acordo com uma pesquisa realizada pela campanha "Chega de fiu-fiu", 85% das mulheres já tiveram seu corpo tocado sem permissão, tal dado demonstra que a situação, lamentavelmente, ultrapassa o desrespeito e atinge à todas de modo indigno.   Infere-se, portanto, que medidas públicas são necessárias para a alteração desse cenário.O Ministério da Educação, em parceria com instituições de apoio as vítimas deve divulgar campanhas como "Deixa ela trabalhar" e informar, em espaços públicos, como os ginásios, as diversas formas de assédio e as maneiras que podem reduzir o número de casos, além de divulgar meios para denúncia. É imprescindível, ainda, que professoras e mulheres que trabalham na área, como advogadas e palestrantes abordem o assunto esclarecendo dúvidas e a importância de combater todas as configurações de desrespeito. Ademais, é necessário o apoio psico-social as vítimas e visibilidade, para que assim, a redução do assédio sexual seja efetivada.