Materiais:
Enviada em: 19/06/2018

A crítica feita pelo filme “Eu não sou um homem fácil” aborda o assédio tido diariamente por 85% das mulheres, onde os papéis femininos e masculinos são invertidos e o protagonista vivencia essa prática permanente de violência (e que ele também praticara) na sociedade; contudo, no Brasil, de acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha, a taxa de mulheres vítimas de assédio está na casa dos 56%, mostrando-se em indício a criação de uma cultura custeada pelo modelo sistemático patriarcal e da desvalorização do sexo feminino. Assédio refere-se a toda prática insistente e inoportuno a uma pessoa. Desde a pré-história, a sociedade atual herda características de um sistema patriarca, na qual indivíduos pertencentes ao gênero masculino exercem um poder e domínio sobre os demais, de tal forma que se torna evidente o crescimento de uma cultura machista. O famoso “fiu-fiu”, cantadas e termos como “gostosa” ou “delícia” reforçam o ego varonil, onde a figura da mulher é objetificada e a ideia de que nada acontece ao homem é revigorada pelos seus atos. Ademais, a desvalorização do sexo feminino, promovida pela mídia, geralmente exposta em letras de músicas (funk) e comerciais publicitários, como propagandas de bebidas alcoólicas e produtos de limpeza, estes responsáveis por criar uma imagem de objeto sexual e destinatária às tarefas de casa estimulam o crescimento de práticas recorrentes a violência física e verbal.    Por conseguinte, medidas são necessárias para resolver o impasse. A princípio, o governo em parceria aos Ministérios da Propaganda e da Justiça devem promover campanhas que limitem o conteúdo divulgado pela mídia no intuito de promover a pacificação da comunidade e o não desmerecimento de uma parcela, além de desenvolver políticas que estimulem a segurança pública desenvolvendo punições aos agressores a fim da redução da prática.