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Enviada em: 21/06/2018

No século XIX, o Romantismo transmitia, pela representação de personagens literárias, uma conduta de submissão feminina que aceitava com os valores morais da época. O que gerou um modelo arcaico enraizado na sociedade e nesse sentido, o assédio no Brasil é fruto de reflexos históricos e, para garantir o respeito e liberdade à mulher, intervenções são necessárias.    De acordo com relógios da violência do Instituto Maria da Penha, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil e a cada 1.5 segundo uma mulher é vítima de assédio na rua. As estatísticas são alarmantes e leva a uma profunda reflexão sobre a necessidade de uma mudança urgente da cultura machista e patriarcalista em que a sociedade ainda está inserida.            Indubitavelmente o padrão cultural chega ao extremo no momento que o homem acredita devotamente que pode tocar quando cobiçar, onde desejar e da maneira que melhor agradar, sucumbindo assim ao estupro. O ato sexual é recorrente e tratado de forma leviana, pois, para as autoridades, durante o questionamento à vítima sobre o ocorrido, é incluso a questão sobre o tipo de roupa que a mulher estava usando no momento do ataque. Sendo assim uma característica forte do preconceito que parte dos órgãos policiais responsáveis por defender os direitos humanos e a ação de tornar real a igualdade perante a lei. Diante da citação de Martin Luther King, “a injustiça em um lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”, neste caso, se torna perceptível que o preconceito a vestimentas acaba por ser o pilar do julgamento errôneo e precoce aos casos de assédios, sendo o início da injustiça, contribuindo também com danos morais, visto que, o julgamento é feito pela suas vestes.        Portanto, cabe ao Ministério da Educação criar palestras de conscientização nas escolas, visando aumentar o número de jovens informados sobre a situação infame da sociedade, a fim de proporcionar um futuro diferente para os filhos desta futura geração. Inclusive, sendo de extrema importância que o sistema legislativo se posicione, contribuindo com o aumento da pena e principalmente com o  cumprimento da mesma. Ademais é indispensável que os representantes de cada Estado coloque placas informativas, em locais públicos, sobre o assédio sexual e seus efeitos um uma sociedade. Desta maneira, os casos de assédio reduzirá consideravelmente.