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Enviada em: 19/06/2018

Por muito tempo ser mulher significava cuidar dos filhos e da casa e não trabalhar, no cenário mundial este status se reduziu bastante em razão da inserção da mulher no mercado de trabalho e a redução na taxa de fecundidade. No entanto, o assédio obriga muitas mulheres passarem por embaraçosas situações pelas ruas, no trabalho ou em qualquer situação oportuna, tornando o seu dia-a-dia  abalados pela falta de respeito. O simples ato de andar na rua com uma roupa mais curta ou apertada obrigada mulheres a desviarem seu caminho ou mudar de calçada em razão do assédio sofrido. Toques, palavras obscenas, "fiu fiu" são os exemplos mais citados e mais de  85% das mulheres entrevistadas pelo IBGE alegaram invasões a seus corpos sem permissão. A recorrência desta situação se apoia no machismo e na histórica superioridade masculina que faz com que meninos desde muito pequenos cresçam ouvindo coisas que mulheres não sabem fazer, ou que a mulher nasceu para as tarefas domésticas  e muitos aprendem a julga-las pelo que vestem. Além de crescer ouvindo a mulher ser desqualificada, a mídia muitas vezes as objetifica em músicas que a descreve como fácil, ou só descreve seu corpo de forma erótica demais e, em filmes, apelam para a  nudez. Ao contrário da criação da meninas, parte dos meninos são educados sexualmente desde muito cedo tendo contato com pornografia precocemente e crescem com uma imagem sensual demais da mulher, e acabam por não respeita-la. Portanto, a cultura de assédio se solidificou na sociedade brasileira. A fim de alterar o olhar machista, cabe ao Ministério de Educação implementar debates e aulas de conscientização às crianças nas escolas afim de fomentar o respeito aos direitos da mulher. Ademais, os meios de comunicação, com impacto apelativo, devem transmitir noticiários sobre a equidade de gêneros e problematizar a banalização do abuso, induzindo a reflexão e mudança na conduta dos indivíduos.