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Enviada em: 19/06/2018

Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) uma a cada três mulheres é ou será vítima de violência de gênero no mundo, sendo o Brasil o quinto país no ranking mundial de violência contra as mulheres. Dados como esses, apenas retratam que ainda há resquícios de uma cultura machista e patriarcal presentes na sociedade atual, que muita das vezes comete-se tal agressão e não é punido por esse ato, sendo esses um dos principais desafios no combate ao assédio sexual.       Desde a época da colonização do nosso país, era "comum" homens ter relações sexuais com as mulheres (ou até mesmo com crianças), mesmo sem elas quererem, para satisfazer a sua vontade, ato esse, que, mais na frente foi nomeado como estupro. Desde então, foi passado de geração em geração que o homem é quem deveria "mandar na casa" e as mulheres deveriam ser submissas a ele e servi-lo sempre que ele desejar, seja a sua refeição do dia a dia, até os seus desejos íntimos. Tendo, desse modo, uma cultura enraizada até os tempos atuais, na qual, muitas das vezes não aceitando que mulheres tenham cargos mais altos nas empresas ou até mesmo sejam independentes, alguns cometem atos que ferem não apenas o físico, mas principalmente o  psicológico da vítima, seja tocando-lhe ou difamando-a.       No entanto, não é "apenas" o ato sexual que é configurado assédio,a partir do momento que se torna uma ofensa para a outra pessoa, isso já mostra que passou-se dos limites e pode-se caracterizar como tal, inclusive, com pena prevista de 1 a 2 anos de prisão, conforme determina o artigo 216-A do Código de Penal. Entretanto, isso não ocorre, porque na maioria dos casos não há a devida punição para o cometimento de tais crimes, por muitas das vezes as vítimas se sentirem ameaçadas e por isso, tem medo de denunciar o que aconteceu e o agressor ficar sabendo e querer fazer algo pior com ela, levando muitos dos casos a nem serem computados pelos dados estatísticos das delegacias.       Desse modo, é notório que existe a necessidade de uma iniciativa das escolas, juntamente ao Ministério da Educação, no que se refere a educação do indivíduo, realizando palestras com vítimas de assédio e psicólogos, para que assim eles saibam como começa, a quem podem recorrer caso ocorra com eles ou com alguém que conheçam, e o que acontece com o agressor, tornando-se assim, conhecedores das consequências dessas agressões, e aos poucos, educando toda uma geração futura que crescerá respeitando o próximo e sabendo o limite entre um elogio e um assédio. Como consequência dessa medida, a realidade será mudada e haverá menos pessoas, no futuro, com medo de sair de casa e sofrer assédio na rua ou no seu próprio local de trabalho.