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Enviada em: 30/06/2018

No dia 24 de junho de 2018, uma repórter brasileira foi assediada durante uma transmissão ao vivo na Rússia, isso é apenas uma situação entre as diversas que acontecem com mulheres em seu dia a dia. Desde o Brasil Colônia, em que uma dama era tratada como objeto, que o assédio sexual têm tomado grande espaço na sociedade, tornou-se uma situação anômica, os desafios para combater essa impertinência torna-se cada vez soberano, músicas com objetificação da mulher é triunfo para alguns cantores masculinos e também a relação abusiva dos chefes com suas contratadas colaboram para o agravamento da situação.   Conforme mencionado, músicas objetificando a figura feminina tem sido algo comum no cenário atual, um exemplo desse fato é a música ''Só Surubinha de Leve'' escrita por Mc Diguinho que ficou entre as mais ouvidas do aplicativo Spotify. De acordo com Durkheim, cientista político, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar. Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que os homens, em sua maioria, na sociedade não tem se preocupado com o coletivo, pois não sentem-se constrangidos ao expor e cantar opiniões que são ofensivas a uma classe do meio em que se vive, isso ocorro devido à falta de arrocho ao aplicar o Artigo 216-A do Código Penal, por conseguinte, milhares de mulheres, e não somente elas mas homossexuais também, são vítimas de homens infratores. Como afirmado por Renato Russo, renomado cantor: '' Que país é esse ?''     Nesse sentido, ainda existem fatores que impedem a solução do impasse como a relação de chefes com suas funcionárias. Muitos patrões garantem concessão de benefícios a empregada desde que essa satisfaça seus desejos sexuais, como foi o caso de uma jovem que não quis se identificar no jornal ''O Globo'', as vítimas de tais circunstâncias sentem-se ameaçadas, logo, não fazem denúncia ou simplesmente não querem perder seu emprego, haja vista, que na maioria dos casos aquele trabalho é a sua única fonte de renda, diante disso ocorre um ciclo vicioso que propaga ainda mais o assédio em relações de poder.      Paulo Freire, educador brasileiro, afirmava que as pessoas libertam-se em comunhão. Portanto, para libertar-se do cenário de assédio sexual cabe ao Ministério do Trabalho por meio de visitas periódicas em empresas e órgãos públicos verificar o bom andamento das relações e garantir que as mulheres não possuem nenhuma queixa em relação aos colegas de trabalho, e caso houver a denúncia seja totalmente sigilosa. Também, é de suma importância que o Poder Executivo aplique o Artigo citado antes, 216-A, com mais vigor, por meio da Polícia que garantirá a intimação de assediadores seja cantores ou não, assim poder-se-á solucionar os desafios.