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Enviada em: 30/01/2018

Próximo às fabulações  “O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter [...]”. Autores da escola literária Realismo, como o dono dessa frase, Eça de Queirós, buscavam relatar o cotidiano das pessoas e das cidades de modo real, sem idealizações e fantasias – características essas típicas do Romantismo. Nos escritos realísticos, pode-se encontrar escritores brasileiros retratando da problemática do assédio sexual desde 1881, o que demonstra que tal fato não é atual. Sob análise disso, nota-se que as raízes para a persistência desse impasse encontram-se ligadas à péssima qualidade jurídica e educacional brasiliense, que, portanto, devem ser melhoradas o quanto antes para combater essa resistência.  De acordo com Albert Camus, não existe ordem sem justiça. Dessa maneira, a ideia do autor norteia acerca da continuidade do assédio sexual em pleno século XIX, haja vista que há legislação incriminatória para essa conjuntura, entretanto, a punição contra os criminosos é ineficiente, levando a um grau de impunidade. Além disso, eles longe de passarem pela real justiça voltam à prática do crime de maneira corriqueira e sem pudor. Desse modo, qualifica-se a urgência de melhorias nesse objeto de análise para que com o tempo o problema possa ser amenizado.  Cabe apontar também, que a precariedade educacional brasileira é um dos impulsionadores da problemática. Conforme Kant, “é no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento humano”. De maneira comparativa, o Brasil não investe em educação para alcançar o bem esperado pela proposta do autor, uma vez que ainda predominam práticas de assédio sexual no país, principalmente contra as mulheres, por meio de letras musicais, livros, teatros, programas de TV,  e que muitas vezes são consideradas normais culturalmente, mas levam uma carga ideológica e influenciadora muito forte. Logo, também é preciso dar atenção a esse episódio a fim de se obter resultados satisfatórios.  Infere-se, destarte, que a continuidade do assédio sexual na contemporaneidade é produto da impunidade judicial e da cultura mascarada de normal. A fim de atenuar o problema, é imprescindível que o Governo aumente a quantidade de anos para a pena desse crime, bem como deve instaurar delegacias especializadas para evitar a impunidade do criminoso por causa do descaso. Ainda, o Ministério da Cultura pode levar orientações a todas as produções artísticas, com o viés de prevenir qualquer tipo de apologia ao assédio. Além disso, pode utilizar-se dela para promover a luta contra esse mal. Assim, construir-se-á um Brasil próximo às fabulações do Romantismo.