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Enviada em: 31/01/2018

É nítido na carta de Pero Vaz de Caminha que as índias despertavam não só um interesse antropológico, como também sexual. Percebe-se que a mulher é tratada como objeto de sexualidade desde o período colonial. É possível afirmar que o assédio sexual no Brasil é uma prática corriqueira que afeta inúmeras mulheres diariamente. Isso se dá devido a cultura machista existente no país, como também as práticas punitivas poucos eficientes e pouco eficazes na legislação brasileira.       Primeiramente, sabe-se que a sociedade brasileira é violenta contra as populações marginalizadas. Além disso, pode-se afirmar que desde a colônia até parte da república não houve nenhuma lei que defendesse os direitos femininos. Por consequência, a mulher se enquadra nessa população de margem e é vista como inferior. Diante disso, tem-se imposto socialmente que a mulher é submissa, o que faz com que os homens se sintam no direito de assedia-las e até abusa-las sexualmente.        Inquestionavelmente, as leis punitivas aos assédios contra a mulher são insuficientes. Recentemente, em São Paulo, um homem assediou uma mulher dentro do ônibus, chegando a ejacular em seu pescoço. Após o julgamento, o juiz entendeu que o episódio não caracterizou crime. Isso mostra que as mulheres são desamparadas pela legislação brasileira, no que diz respeito aos casos de assédio sexual. Apesar da evolução da sociedade, a mulher continua vulnerável a esses crimes.        O assédio sexual é um problema cotidiano na vida das mulheres e precisa ser solucionado. Para isso, é necessário que o Estado reveja as punições e dê maior atenção aos casos de crimes contra à mulher. A Câmara Legislativa deve inserir projetos de lei que aumentem essas penas e os meios de comunicação deve iniciar campanhas que encorajam a denúncia contra o assédio sexual. Por fim, as escolas devem introduzir conteúdos reflexivos sobre a igualdade de gênero e os direitos da mulher. Dessa maneira, as mulheres serão mais protegidas legalmente e as crianças se tornarão adultos conscientizados no futuro.