Materiais:
Enviada em: 31/01/2018

O recente escândalo de assédio sexual ocorrido em Hollywood demonstra que tal ato esteve, por muitos anos, presente nas relações de hierarquia trabalhista ao redor do mundo. No Brasil, esse panorama tende a se agravar, uma vez que o assédio sexual se tornou algo banalizado e presente na cultura nacional. Tendo em vista não só a falta de leis que punam adequadamente o agressor mas também o número de mulheres que já sofreram com esse crime.  Ocorridos como, o homem que ejaculou no pescoço de uma passageira no transporte público de São Paulo, tornam-se cada vez mais frequentes nos noticiários brasileiros. A impunidade legislativa fez com que o criminoso não sofresse as consequências condizentes com seu feito, o que, consequentemente, banaliza o assédio ante a sociedade brasileira e desrespeita o direito de ir e vir com dignidade de um cidadão, conferido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.  Outrossim, segundo o portal de notícias G1, 77% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio, seja esse verbal ou físico. Esse fato explicita o quão culturalmente enraizado esse crime encontra-se no Brasil, visto que a cultura é formada por hábitos, crenças e costumes de uma sociedade, que, atualmente, não leva em consideração preceitos morais, éticos e legislativos, como a Constituição e a Declaração dos Direitos Humanos, ao cometar tal atrocidade psicológica, que tem consequências claras, como transtornos de auto-estima, depressão e pode ocasionar até mesmo o suicídio.  Tendo como fim a redução dos casos de assédio sexual no Brasil, medidas fazem-se necessárias. Tal qual uma parceria entre o MEC ( Ministério da Educação e cultura) e as escolas, a fim de conscientizar os alunos desde o ensino infantil sobre o direito próprio e o alheio, através de jogos que estimulem a aprendizagem de forma divertida e apresentações de situações problema animadas por computação gráfica, para que a criança seja educada de modo a modificar futuramente os costumes do pais e, por conseguinte, sua cultura machista. Pois, assim como Jean Paul-Sartre afirmou, a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.