Enviada em: 02/02/2018

As mulheres, em sua maioria, foram criadas em ambientes patriarcais. Tal prática corroborou para sua inferiorização e incentivou comportamentos abusivos e machistas. Na busca pela redução dessa problemática, é importante analisar a motivação para essas atitudes, a forma como a sociedade acolhe as vítimas e rever as leis que asseguram a segurança das mesmas.   O assédio faz parte do cotidiano de inúmeras mulheres, as quais se sentem desprotegidas ao andar nas ruas e até mesmo ao usar transportes coletivos. Um dos casos que sensibilizou o Brasil em 2017 foi o do homem que enjaculou em uma mulher dentro de um ônibus em São Paulo. Mesmo com a falta de eficiência da polícia em solucionar o acontecido, a repercussão desse episódio mobilizou milhares nas redes sociais.   De acordo com dados do G1, 77% das mulheres brasileiras já foram vítimas de assédio sexual. As estatísticas são igualmente altas em países como os Estados Unidos e Inglaterra. Com a onda de denúncias feitas, principalmente em Hollywood, assediadas tomaram coragem de relatar suas histórias e deram forças ao surgirmento de movimentos como "time's up" e "me too", ambos lutam pela equidade de gêneros e contra o assédio.   O que motiva crimes como esse são pensamentos machistas, os quais infelizmente são enraizados culturalmente. A isso pode-se atribuir a diferença na criação, pois enquanto as meninas são criadas para serem delicadas e servirem, os meninos são ensinados a serem fortes e dominarem. A impunidade acaba sendo um fator contribuinte também, pois mesmo com as leis vigentes, a aplicação delas não acontece efetivamente.   Infere-se, portanto, a necessidade de combate ao assédio com mais seriedade. Nessa premissa, cabe ao Poder Legislativo a elaboração de leis que abranjam todas as formas de assédio e a revisão das já existentes. Cabe também ao Governo Federal a ampliação do número de delegacias da mulher, a fim de atender todas as camadas sociais. Dessa maneira, será possível criar uma sociedade mais justa e igualitária.