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Enviada em: 04/02/2018

Nas antigas sociedades mediterrâneas, as mulheres viviam uma condição legal limitada e sem direitos políticos. Com o advento do Iluminismo e da Revolução Francesa no século XVIII, as reivindicações a favor dos direitos femininos ganharam força e fizeram com que alguns benefícios fossem conquistados, como a garantia de voto, divórcio, trabalho e educação. Todavia, todos esses privilégios adquiridos no passado, não asseguraram até hoje a redução dos casos de assédio sexual sobre o considerado sexo frágil, sendo a submissão da mulher no ambiente de trabalho e a falta de leis mais rígidas, fatores que contribuem para essa prática inaceitável ainda nos dias atuais.  Inicialmente, é valido destacar a submissão de um grande número de mulheres em seus ambientes de trabalho. Pesquisas mostram que o sexo feminino representa apenas 37% dos cargos de chefia nas empresas brasileiras, deixando clara a posição inferior dessas quando o assunto é ocupação no mercado. Assim sendo, o machismo que ainda está engessado na sociedade, e a posição superior de homens nesse ambiente, permitem que abusos e assédios aconteçam, principalmente por medo que as vítimas tem em denunciá-los, podendo acarretar a perda de seus empregos.  Outro ponto que deve ser abordado é a falta de leis mais rígidas que impeçam que a prática de assédio sexual ocorra. Em 2017, na cidade de São Paulo, um acusado desse tipo de crime em transporte público foi preso e liberado por dois dias consecutivos por brechas na lei vigente. Diante desse acontecimento, é inegável que a impunidade faz com que casos como esse continue se repetindo em lugares públicos, ambientes de trabalho e onde mais a mulher esteja vulnerável.   Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para que a mulher não sofra mais com esse tipo de violência. Para isso, é fundamental que a sociedade se una a favor da luta pela igualdade entre os sexos por meio de mídias sociais, estimulando mulheres a denunciar casos de assédio sexual que venham a ocorrer em seus ambientes de trabalho. Ademais, faz-se necessário que o Congresso Nacional elabore leis mais firmes impossibilitando que praticantes de assédio sexual não saiam impune mediante o cometimento desse crime. Só assim será possível um corpo social mais igualitário com redução de casos de assédio sexual.