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Enviada em: 05/02/2018

O assédio sexual não é algo novo mas, o tratamento dessa ação como forma de violência é um fato recente e ainda em processo de amadurecimento. Na rua, no trabalho, nas escolas e até mesmo em casa as mulheres de todo o mundo sofrem desse mal que tem como grande vilão uma cultura que banaliza e ofusca casos menos extremos (que por vezes não são considerados como assédio por quem pratica ou por quem é alvo da prática) ou deposita a culpa do crime sobre a vítima, desencorajando mulheres a buscar a ajuda da Justiça.   Para defesa do meu ponto vale resgatar um caso recente que ocorreu no  Brasil no ano de 2016, onde uma jovem foi estuprada por mais de 30 homens e encontrada morta. Após investigações da perícia e da impressa, vieram a publico informações de que a vítima estava sobre efeitos de entorpecentes no momento do crime e que se encontrava em um baile funk junto aos suspeitos. Isso foi suficiente para que surgissem, nas redes sociais, discursos depositando a culpa do estupro sobre essa jovem que, segundo esses internautas "pediu para ser estuprada, afinal, usava roupas provocantes e se drogava. Alem de que uma garota dessa idade não deveria frequentar esse tipo de festa".    Assim, nota-se que  que para uma parcela da população, roupas curtas e inconsciência mental são motivos suficientes para justificar um ato de assedio, evidenciando, por tanto, que esse mal que assola o mundo é uma questão não somente jurídica, mas também de educação, visto que essa neblina que ofusca o crime contra a mulher e dificulta a ação da justiça está encrustada numa cultura machista passada de geração em geração.   Como intervenção é necessário implementar uma mudança de pensamento acrescentando à grade curricular obrigatória de jovens do ensino fundamental e médio palestras, filmes, documentários e excursões que proporcionem reflexões e debates a respeito do tema, de modo a conscientizar aqueles que serão a base da sociedade no futuro.