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Enviada em: 24/02/2018

A partir da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a figura feminina começou sua caminhada em busca de um espaço no cenário social. Porém, apesar de algumas conquistas, como o voto, a vida da mulher ainda é extremamento subjugada pela ideia de superioridade masculina. Sendo assim, é necessária uma ação primária de reversão da mentalidade patriarcal acerca dos múltiplos aspectos de subordinação feminina nas diversas esferas sociais.    O assédio sexual é constantemente presenciado na vida cotidiana de grande parte da população mundial, entretanto, são poucos os casos de posicionamento contrario à este comportamento. Isto é, as ações sociais são resultado de duas virtudes enraizadas no pensamento popular. O primeiro trata-se de uma concepção fundamentada na idealização machista difundida no meio social. Essa, aceita o assédio como parte comum das relações interpessoais, ou seja, as pessoas coordenadas por esse entendimento de mundo consideram que a mulher, principal alvo, tem o propósito de satisfazer os homens. Em outras palavras, ela foi transformada em um objeto submisso às vontades masculinas, devendo obedecer e aceitar qualquer comportamento de seus assediadores, estando de acordo ou não com eles.    Por outro lado está a segunda virtude que rege esse sistema subalterno. Refere-se a um grupo de mulheres, e alguns poucos homens, que possuem o esclarecimento de que o sexo feminino deve ocupar o mesmo nível de respeito social que os homens. Logo, é baseado na ideia de que não há superioridade entre os sexos, e sim que ambos são merecedores de ter suas próprias opiniões e vontades. Contudo, apesar da crescente existência desse grupo, há grande repressão à eles, fazendo com que, mesmo que intelectualmente elucidadas, essas pessoas ainda sejam comandadas pelo medo causado pela maioria machista, resultando no pequeno avanço das questões hierárquicas.    Dessa maneira, a intervenção de órgãos competentes, como a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, deve ser acionada para a criação e aprimoramento de serviços de proteção às denunciantes, assegurando seus direitos e sua segurança. É possível também o incentivo à comunidade por meio da formulação de um material didático, a ser incluído no plano nacional de educação em direitos humanos. Esse deve ser constituído de argumentos que quebrem as noções de subordinação ao patriarcado, podendo ser utilizado desde a infância, em escolas, para assim formar pessoas igualitárias, como também nos meios já ideologicamente consolidados, como em empresas e demais locais de trabalho, a fim de fornecer uma ferramenta para a reformulação de seus ideais arcaicos em princípios igualitários.