Enviada em: 26/02/2018

Desde a Antiguidade Clássica, o homem sempre foi visto como um ser superior, capaz de tomar decisões importantes e benéficas para o seu povo. Enquanto que as mulheres eram vistas como submissas e deviam viver subjugadas às vontades masculinas. Na contemporaneidade, mesmo com todo o espaço conquistado na sociedade, muitas mulheres ainda são subjugadas a atitudes machistas e desrespeitosas. Um exemplo dessas atitudes é o assédio sexual contra mulheres, que ainda encontra diversos desafios para ser combatido.       Os casos de assédio sexual contra as mulheres tornou-se algo frequente, podendo acontecer no transporte público, no trabalho ou até mesmo na rua. Na maioria dos casos, os homens se sentem na liberdade de fazer piadas acerca do corpo da mulher e até tocá-las sem consentimento. Vale salientar que, em grande parte dos casos, a mulher, além de ser desmoralizada, ainda é culpabilizada por sofrer tamanho desrespeito. Diante disso, pode-se inferir que, para muitos homens, a mulher ainda representa um objeto sexual, de caráter submisso.        Embora seja considerado crime, os casos de assédio sexual contra mulheres apresentam dados alarmantes. Cerca de 90 milhões de mulheres estão inclusas nas estatísticas correspondentes aos casos de assédio sexual em público. Além disso, vale destacar a impunidade de quem comete esses atos que, muitas vezes, ficam presos por pouco tempo e, uma vez libertos, voltam a cometer o mesmo crime.       Em síntese, os casos de assédio sexual contra mulheres ainda é uma questão a ser combatida pela sociedade brasileira. Para amenizar tal situação, o Estado, por meio do Ministério da Justiça, deve enrijecer as penas aplicadas aos assediadores, evitando assim, a impunidade destes. Outrossim, famílias e escolas devem se unir, a fim de conscientizar a população sobre o assédio sexual, visando desconstruir visões e conceitos acerca deste assunto, pois como afirma Maria Deraisme, a inferioridade da mulher não é um fato natural, é uma invenção humana, uma ficção social.