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Enviada em: 05/03/2018

Desde a Grécia Antiga a mulher é inferiorizada pela sociedade patriarcal. Ao longo dos anos, a luta por igualdade tem crescido e com ela muitas conquistas. Entretanto, as mulheres ainda são vistas como o sexo frágil e são objetificadas pelos homens. Apesar de existir uma lei específica para defendê-las, o número de casos de assédio sexual tem aumentado assustadoramente. Diante disso, é imprescindível buscar soluções para acabar com essa problemática tão comum nos dias atuais.        Convém enfatizar que a sociedade tem contribuído para a cultura do estupro. Esse comportamento sexual agressivo dos homens tem sido neutralizado e se incorporou tanto à cultura que se perdeu a gravidade. Quando uma atitude é amplamente aceita, não há constrangimento por parte de quem pratica, colaborando para a perpetuação do comportamento. Desse modo, muitas vítimas acabam sendo culpadas por terem sido violentadas devido ao seu comportamento e modo de vestir. Isso denota a prevalência do pensamento machista na sociedade atual, onde os ideais conservadores se sobrepõem à realidade.        Ademais, é importante destacar que a lei Maria da Penha tem sido ineficiente na defesa das mulheres. Segundo pesquisa do Instituto Data Folha, 40% das entrevistadas já foram vítimas de assédio, seja comentários desrespeitosos ou corpos tocados sem permissão em locais públicos. Entretanto, o constrangimento, a vergonha e o medo de serem julgadas, faz com que muitas não registrem queixa nas delegacias da mulher. Além disso, algumas não têm consciência do ato que sofreram e acabam não procurando ajuda. Por consequência, a falta de punição sobre os agressores acaba contribuindo para o aumento dos casos de violação.        Fica evidente, portanto, a necessidade de combater os obstáculos que impedem a redução dos casos de violência sexual. Dessa maneira, faz-se necessário que a rede midiática, através de programas de debates, séries e documentários, mostre a importância de combater esse comportamento abusivo. Além disso, as instituições de ensino devem promover palestras e incentivar grupos de apoio para ajudar vítimas dessa agressão e, com isso, ensinar aos outros alunos que as mulheres não são um objeto e merecem total respeito. Assim, será possível aumentar a igualdade e integridade do sexo feminino na sociedade moderna.