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Enviada em: 12/03/2018

Apesar de todos os esforços por equidade, a realidade em torno dos desafios para reduzir os casos de assédio sexual permanece paradoxal e caótica. A Constituição Cidadã, alicerce da democracia brasileira, é uma utopia diante da falta de impunidade de pessoas consideradas vulneráveis ao assédio, é o caso das mulheres, por exemplo. Desse modo, faz-se relevante a análise de duas vertentes fundamentais: a banalidade do mal e o amadorismo pertinente.       Circunscrita a essa realidade, o esfacelamento das bases sociais é evidente na proliferação das crises de representatividade em torno da banalidade do mal, conceito trabalhado por Hannah Arendt. Nota-se esse sucateamento quando é feita uma analogia ao comportamento da sociedade perante ao assédio, que infelizmente acabou se tornando algo banal e que atinge todos da sociedade.        No mesmo viés, o amadorismo pertinente abordado por Sérgio Buarque de Holanda, vem à tona quando se tem por referência uma sociedade baseada em arranjos incompletos, sem soluções a longo prazo. Esse fato é exemplificado pelas politica de contentamento que atingem só a superfície. Assim, as garantias do Welfare State são substituídas por descaso e pela ruptura com o bem-estar social, essência do que se espera de um Estado Democrático de Direito.        Portanto, diante da emergência em por um fim no assédio sexual, ações cidadãs, no interior das instituições, são a chave para a democracia plena. Assim, a população deve se reunir de forma pacífica e organizada, para discutir  a política local e deve trabalhar na elaboração de um projeto permanente e planejado, exigindo os direitos propostos pela Constituição Cidadã, para lutarem  pela causa de forma direta no cenário político, exigindo mais proteção para todos.