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Enviada em: 14/03/2018

Desde a antiguidade a mulher é vista como um ser inferior ao homem. Segundo a escritora Simone de Beavouir, "o homem é definido como ser humano e a mulher, como fêmea". Diante disso, percebesse que os desafios para reduzir os casos de assédio sexual são diversos, porém, o maior deles está enraizado na sociedade: o machismo, que está presente em ambientes variados, desde o local de trabalho das mulheres e até em suas próprias residências. Às vezes, todo esse sexismo se esconde por trás de "elogios" proferidos de estranhos na rua.  Casos de assédio sexual em locais de trabalho vem se tornando cada vez mais comum na vida de mulheres, que se vêem em uma situação constrangedora e intimidadora, onde o seu emprego está em jogo, pois se a vítima voltar-se contra o agressor, que muitas vezes é de um cargo acima do seu, poderá acarretar em várias consequências para ela. Isso foi o que aconteceu com várias atrizes de Hollywood, no ano de 2017, quando, depois de anos, tiveram coragem para revelar que já haviam sofrido algum tipo de assédio por seus produtores.  Além disso, deixou de ser uma tarefa fácil sair na rua. Palavras sexualizadas de baixo calão, proferidas a mulheres por homens que se sentem livres para ofendê-las, mas com o argumento de que estão as elogiando. De acordo com pesquisas realizadas pela campanha "Chega de Fui, Fui", idealizada por duas jornalistas, revelou que 85% das mulheres entrevistadas já tiveram seu corpo tocado sem permissão no espaço público. Além do mais, 83% das pesquisadas declararam que não gostam de receber 'cantadas' na rua. Isso revela que, ao contrário do que muitos pensam, as mulheres não gostam de receber elogios no espaço público, pronunciados por desconhecidos.   Portanto, os desafios para reduzir os casos de assédio sexual são diversos e existem a muito tempo, por isso, o processo para transformar a sociedade, deixando-a livre desse sexismo será longo e repleto de dificuldades. Por isso que cada vez mais é preciso que se introduza na sociedade que as mulheres têm direitos e que devem ser respeitadas, seja em quaisquer situações e locais. Movimentos feministas, junto de ONGs e com apoio do Governo Federal, devem difundir palestras abertas ao público em geral, contra o assédio sexual, conscientizando a população, alertando as mulheres e fazendo com que elas não se sintam ameaçadas em denunciar o agressor; oferecendo a elas todo apoio necessário para superar essa difícil fase em suas vidas. A mídia deve disseminar campanhas contra o machismo, mostrando à sociedade que 'cantadas', ditas por estranhos, não são elogios, e que ser mulher não é ser inferior a ninguém.