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Enviada em: 14/03/2018

É comum, em horários de pico, as estações de metrô estarem lotadas, tornando-se difícil a locomoção. O problema da superlotação diária dos transportes públicos facilita o assédio sexual. A popular ''mão boba'', o encostar sem necessidade, são algumas características dos agressores. Diante disso, é imprescindível a mudança de políticas públicas e a adoção de medidas paliativas para combater esta prática criminosa.    Com a superlotação dos transportes públicos, torna-se fácil o cenário para o assédio. Diariamente há casos de mulheres que denunciam que sofreram assédio, mesmo com a presença de agentes de segurança os agressores não sentem-se inibidos. Além disso, as mulheres costumam ser estigmatizadas pelo fato de ser mulher. Faz-se necessário, como proposto pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos, compreender que as diferenças, sejam ideológicas ou sexuais, agregam e, não, distanciam pessoas.    Ademais, segundo a ActionAid (ONG), 9 em cada 10 mulheres já foram assediadas por estranhos. Os resultados evidenciam que o crescente número de assédios é causa da falta de punições diretas contra os agressores. Porém, não se pode criar dois mundos - masculino e feminino - privando, na intenção de proteger, as mulheres contra o assédio sexual. O direito de ir e vir deve ser, preferencialmente, preservado, para isso, o investimento em educação, para criar cidadãos conscientes, é imprescindível.    Dessarte, é de vital importância à mudança da realidade social vigente. Os setores de transporte público devem aumentar o número de veículos a fim de diminuir a superlotação e coibir os assédios. Ademais, com o amparo do Ministério da Educação, aulas regulares sobre cidadania e igualdade de gênero devem ser ministradas, por professores, para a formação de cidadãos conscientes. A contratação de mais agentes de segurança, pelo órgão competente a fiscalização dos metrôs, é necessário, como medida paliativa, para a diminuição de casos de assédio sexual.