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Enviada em: 16/03/2018

Do ponto de vista histórico mundial, a violência contra a mulher é herdeira de uma cultura com raízes em uma sociedade patriarcal. Nesse contexto, os casos de violência sexual e moral contra as mulheres se tornaram frequentes no cenário vigente, haja vista que segundo a Campanha Chega de Fiu Fiu (criada para lutar contra o assédio),  85% das mulheres consultadas já tiveram seu corpo tocado sem seu consentimento. Por essa razão, faz-se necessário pautar , no século XXI, os desafios para a redução dos casos de abuso sexual no Brasil e no mundo.       Em abril de 2017, uma figurinista da Rede Globo denunciou o ator José Mayer por tocar sua genitália sem a sua permissão, a emissora afastou o ator dos trabalhos, porém não houveram maiores punições. A recorrência desse tipo de denúncia é constante na atual modernidade, o que leva à necessidade do cumprimento das leis existentes, punindo o agressor de modo que esse crime não volte a ser repetido por ele.         A cultura patriarcal enraizada na sociedade também colabora para a persistência do assédio sexual e moral contra as mulheres, uma vez que algumas mulheres se sentem envergonhadas ou culpadas ao sofrerem essa violência. Nelson Mandela, Símbolo da luta contra o Apartheid (regime de segregação racial na África do Sul), disse em uma de suas palestras que "A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo", seguindo essa lógica, o principal desafio para a redução dos casos de assédio é o de educar crianças, jovens e adultos, de modo a respeitar toda e qualquer pessoa. Às mulheres, cabe o entendimento de que o assédio não é culpa da vítima.      Por tudo isso, faz-se necessário que o Poder judiciário defenda os direitos de cada mulher assediada, promovendo o cumprimento das leis através das punições aos agressores, para que esses crimes não voltem a ser cometidos. É importante também que o Estado insira na grade curricular das escolas debates sobre moral e ética de modo a educar crianças sobre o respeito a todo e qualquer indivíduo. Ademais, podem ser oferecidas palestras para a população em locais públicos, de forma que haja a conscientização das pessoas de que esse crime  é inadmissível na sociedade e de que o a vítima não pode ser culpada por esse infortúnio. Assim é possível a obtenção de uma sociedade melhor em longo prazo.