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Enviada em: 12/04/2018

É indubitável que os casos de assédio sexual é frequente ponto de discussões, intolerâncias e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época do Brasil Colonial, quando os âmbitos familiares se organizavam com base no patriarcalismo, sistema social no qual o homem adulto exercia a autoridade máxima e, por conseguinte, esse modelo foi um dos motivos percursores para a existência da cultura do assédio, o impasse persiste, visto que esse ato enraizou-se no sexo masculino o qual, hodiernamente, ainda tem um certo poder de liderança e superioridade e que diariamente desrespeita as mulheres de forma egocêntrica. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas do período colonial brasileiro e a falta de educação proveniente do homem dificultam a resolução da questão.   Considerando-se a vasta miscigenação de raças e etnias, sistema contemporâneo patriarcal e localidades originárias na constituição do povo brasileiro, é de grande percepção e naturalidade que a nação feminina, atualmente, abrigue extensa revolta e reivindicação no que se refere ao assédio sexual, já que essa prática, além de desrespeitosa, diminui e menospreza ainda mais o papel da mulher no meio social.   No entanto, é válido ressaltar que a desigualdade de gênero, problema cada vez mais perpetuante, contribuí para que a impertinência sexual seja praticada cada vez mais, posto que o fato das mulheres serem inferiorizadas, historicamente, ainda é uma veracidade no mundo hodierno e o machismo, apesar das conquistas femininas, também é cometido e ensinado de forma hereditária dentro dos ciclos familiares. Além disso, o assédio sexual é tratado de maneira desprezível, já que a maioria das denúncias são arquivadas e, geralmente, o autor do crime é preso, porém por poucos dias não chega a cumprir o tempo de cadeia determinado pela lei devido à negligência da justiça.   Convém, desse modo, ao Ministério da Justiça analisar os processos referentes à prática de assédio sexual contra mulheres tal como quem passar por esse tipo de situação, com a ajuda de advogados públicos renomados na área de danos morais de cada região do Estado, assim, os documentos de acusação conferidos nos fóruns de cada parte do país seriam verificados e, consequentemente, a punição seria aplicada de forma mais justa. Ademais, o Ministério da Educação deve promover, com uma parcela dos impostos públicos fornecidos pelo Governo, campanhas em praças públicas em todas as regiões do Brasil para a população sobre o assédio sexual e o machismo com psicólogos e advogados, para as pessoas serem informadas sobre os seus devidos direitos, para que esse impasse seja debatido e, logo, resolvido. Afinal, um país que já oprimiu tanto as mulheres no Brasil Colônia, entre outros períodos históricos, é digno de respeito entre todos os cidadãos.