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Enviada em: 20/03/2018

Desde que firmou-se em sociedade a humanidade adotou, em sua maioria, o patriarcalismo como organização familiar. Sendo o homem responsável pelo sustento de toda a família, a mulher teve sua figura restrita às tarefas domésticas e aos cuidados maternais. Ao longo dos séculos a objetificação da figura feminina se fortaleceu na sociedade, contribuindo para o surgimentos de desafios para reduzir os casos de assédio sexual.   De acordo com pesquisas realizadas pelo Datafolha, quatro em cada dez brasileiras relatam já ter sofrido assédio sexual. A pesquisa também aponta que 29% dos casos de assédio ocorrem nas ruas, 22% nos transportes públicos, 15% no trabalho, 10% nas escolas e faculdades e 6% em casa. No Brasil, a legislação considera como violação qualquer conduta com uso de ameaça ou violência que atente contra a dignidade e a liberdade sexual da vítima. Sendo assim, não é necessário que haja o ato explícito para que seja estipulado como delito.   No entanto, o medo de serem desacreditadas, medo do assediador, o sentimento de vergonha e de culpa, a falta de informação necessária para identificar o acontecimento como assédio, entre outros motivos, fazem com que muitas mulheres deixem de denunciar o delito. Apesar do amparo encontrado em nossa legislação, as dificuldades para denunciar os casos de assédios em empresas são persistentes. A forma como as instituições tratam as mulheres pode levá-las à revitimização, ou seja, vitimá-las com perguntas que incute a culpa nelas.    Os desafios para reduzir os casos de assédio sexual, portanto, persistem e a busca por soluções satisfatórias torna-se imprescindível. Faz-se necessária a elaboração de campanhas governamentais em mídias sociais a fim  de propagar informações dobre como identificar o assédio e como proceder a partir disso. É notória a necessidade de programas escolares que disseminem o valor do respeito e dos direitos iguais perante a sociedade, para assim obter um resultado permanante a longo prazo.