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Enviada em: 22/03/2018

As mulheres indígenas no período de colonização do Brasil eram tratadas como objetos, com a finalidade de prazer sexual dos portugueses. Mesmo com o passar dos anos, essa visão de que o corpo feminino é para a satisfação pessoal do sexo oposto permanece. O principal exemplo disso são os casos de assédio sexual, que encontram dois grandes desafios para sua redução: a falta de denúncias e a indústria cinematográfica.          Inicialmente, é perceptível que mesmo sendo crime, a maioria das vítimas não denunciam esses atos libidinosos. Isso ocorre, devido a banalização e normalização do assédio, já que muitas mulheres não conseguem identificar que estão sendo assediadas. Além do medo de que ninguém acredite nelas, pois são crimes difíceis de comprovar. Justificando assim, a pesquisa feita pelo Datafolha que afirma que 52% das mulheres que sofreram violência se calaram, somente 11% procuraram a delegacia da mulher.   Ademais, outro impasse enfrentado, é a indústria cinematográfica que propaga o corpo feminino como um objeto sexual. Não é raro presenciar séries e filmes em que as mulheres são extremamente sexualizadas para agradar ao público masculino. Uso de roupas extremamente curtas nas atrizes e atributos físicos que chamem atenção, são apenas algumas das estratégias usadas.    Dessa forma, o homem acha que o corpo feminino é para sua satisfação e, por conseguinte, pratica o assédio sexual. Como exemplo, podemos citar a sequência de filmes American Pie. Em suma, para solucionar os problemas apresentados, a mídia, como influenciadora de massas, deve promover propagandas incentivando as vitimas de assédio sexual a denunciarem esses atos, para que as mesmas se sintam seguras ao denunciar. Além disso, a indústria do cinema deve investir em filmes que valorizem o sexo feminino e não o objetifique. Somente dessa maneira, é possível deixar a cultura do assédio presente desde a colonização para trás.