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Enviada em: 24/03/2018

Brasil, um País de Todos?       Na contemporaneidade brasileira, asiste-se ao aumento de casos relatados sobre o assédio sexual à mulheres. Nesse âmbito, pode-se observar que isso se deve ao histórico patriarcal e à naturalização dessa prática. Dessa forma, é imperioso refletir e buscar intervenções para aplacar tal mazela.      Assovios, elogios inadequados e toques sem consentimento. Essas e outras atitudes são vivenciadas diariamente pela maioria das mulheres, nãos só no Brasil, mas como no Mundo. Infelizmente, a problemática ainda ocorre por causa das raízes históricas que assolam o Brasil, as quais oprimiram e objetificaram as mulheres, e que, sem dúvida, ainda se perpetuam. Notavelmente, tal aspecto é observado nas ruas, nos metrôs, nos trabalhos, bem como no mundo do cinema e dos esportes. Em virtude disso, movimentos como o "Mexeu com uma, mexeu com todas" tomou lugar em todas as redes sociais, fortificando o movimento e oferecendo apoio a todas. Com isso, nota-se que apesar de grandes evoluções tecnológicas realizadas pelo homem, o assédio ainda é uma mancha na história da humanidade.      Acresce-se ainda, a naturalização dessa prática de abusos verbais e físicos, a qual contribui para o aumento da problemática. Por conseguinte, as liberdades individuais acabam sendo oprimidas, uma vez que não se pode usar roupas "curtas" ou "decotadas" ou sair na rua após certo horário. Em razão da habituação dessa prática, há a auto culpabilização da mulher, as quais acabam não denunciando o assédio, fazendo com que a sociedade feche os olhos para tal mazela. Sendo assim, atos cometido por Alex, personagem do filme "Laranja Mecânica", acabam se reproduzindo e refletindo alguns problemas atuais, os quais tornam-se impunes.     Percebe-se, portanto, que o histórico patriarcal  e a naturalização são uma resistência à solução da adversidade tratada. Por isso, é necessário que o Ministério da Justiça e Cidadania aplique, a curto prazo, ações paliativas, como segurança e órgãos com funcionários qualificados para a denúncia, para que a mulher se sinta à vontade para fazer a ocorrência. Ademais, para medidas à longo prazo, o Ministério da Educação, juntamente com os pais e com os professores, devem formar alunos mais conscientes, por meio de campanhas e palestras, enfatizando o respeito mútuo. Desse modo, chegaremos a uma sociedade mais igualitária e mais educada com as mulheres.