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Enviada em: 30/04/2018

Entre os séculos VIII e IV a.C., período Arcaico da História Grega, as mulheres atenienses eram vistas como objetos sexuais cuja função social era exclusivamente a reprodução. Milênios depois, no Brasil, as brasileiras são, também, objetificadas e sofrem o assédio sexual. Nesse contexto, é possível afirmar que a sexualização da figura feminina e a lentidão do Sistema Judiciário são desafios que precisam ser superados com o objetivo de barrar o assédio de cunho sexual.  As mídias, principalmente a televisiva, têm publicado diversas propagandas objetificando e sexualizando a figura da mulher. Tal fato se concretiza pois a maioria dos produtos - que utilizam dessas propagandas machistas - têm um público majoritariamente masculino. Como resultado da ação dos agentes midiáticos, muitos meninos, de maneira errônea e ignorante, crescem com a visão da mulher como sendo um objeto sexual.  Outrossim, no Sistema Judiciário, responsável pelo julgamento das leis, há um problema com a questão da lentidão burocrática, tal fato se deve à sua péssima administração. Em virtude dessa má organização, delitos, desde pequenas ocorrências até casos considerados graves, são, muitas vezes, tratados sem o devido valor, ou até mesmo ignorados. Um exemplo disso foi o caso do homem que ejaculou em uma mulher no transporte público de São Paulo, e o juiz deu a ordem de soltura por não ter considerado o ocorrido como abuso.     Destarte, é necessário que mudanças sejam feitas a fim de acabar com o assédio sexual. Para isso, o Ministério das Comunicações deve intermediar e proibir que as propagandas de caráter machista e sexista sejam exibidas na televisão. Além disso, na questão do Poder Judiciário, de acordo com Joaquim Barbosa - advogado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) - "é necessário 'aparelhar' e fortalecer instâncias que signifiquem soluções mais simples e duradouras, como os juizados especiais, e reduzir o número excessivo de recursos que atualmente permitem que se passe mais de uma década sem a solução definitiva para um litígio".