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Enviada em: 13/04/2018

Cultura do assédio     Já dizia John Lennon: "A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos". Essas palavras, mesmo sendo redigidas há décadas, ainda indicam um problema enfrentado todo dia pelas mulheres, o esteriótipo de inferioridade. Por isso, são tratadas, muitas vezes, como objeto sexual, sofrendo abusos - em transportes, por exemplo - que não tem sua devida importância exaltada. Mas também, sofrem  pela falta de rigor nas leis na hora reclamar seus direitos diante dessa situação.        Nos metrôs do Brasil, não é diferente, quase 90% das brasileiras sofrem de abuso sexual nesses locais, e metade desse número teve seu corpo tocado ou foi seguida após sair desse trasporte. Esse elevado índice indica o quanto a integridade da mulher não é respeitada pela grande parte dos homens machistas que, infelizmente, então muito presentes na sociedade. Seja um olhar ou uma "cantada", um assovio ou um toque, todas essas interações são formas de violação ao direito feminino à segurança, que por sua vez deve ser respeitado, tanto nos veículos públicos quanto nas ruas e em casa.         Ademais, essas situações ainda são mais agravadas pela banalização dos casos de assédio pelo jurídico e pela segurança pública, que, muitas vezes justificam sua posição dizendo, indiretamente, que a culpa é da vítima. Isso faz com que haja uma descrença nas leis que a Constituição preza, o que consequentemente, acaba virando motivo para muitas delas sofreram caladas. Além disso, há ainda quem defenda separar o homem de mulheres e crianças em situações corriqueiras, como no trasporte público, mas isso só serviria para exaltar ainda mais a disparidade entre sexos, pois de fato não acabaria com o abuso sexual em outros locais.         Portanto, a fim de minimizar esses casos de violação, o passo primordial deve ser dado pelas escolas e famílias,  pelo STF e pelo Congresso Nacional. As primeiras deveriam incentivar uma educação com igualdade de gêneros, para prevenir uma mentalidade machista, desde o nascimento do indivíduo até a independência, moldando-o para ser um cidadão respeitador e hapto a viver em sociedade. Outrossim, os órgãos governamentais sitados deveriam, respectivamente, aplicar as devidas punições aos infratores e elaborar leis mais rígidas para esse tipo de crime. Feito isso não seria necessária a separação do homem e da mulher na população, pois com respeito e colaboração seria possível a construção de uma sociedade mais segura para a mulher e igualitária.