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Enviada em: 08/04/2018

"Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância. A frase é de Simone de Beauvoir, ativista feminina do século XX, a qual fundamenta o estado de equilíbrio e de segurança que uma mulher deve se encontrar. Nesse viés, a supracitada ideologia busca contraste com o patriarcalismo histórico, visto que possuem analogia ao trabalho escravo quando tende a encaminhar intenções sexuais e visuais sem o consentimento feminino, situação a qual enfrenta inúmeros obstáculos no que tange a sua redução.    Primeiramente, é preciso compreender que a luta contra o assédio sexual ainda é caracterizada por ser gradual. Com isso, no contexto da Grécia Antiga, Aristóteles afirma que, independente da idade das mulheres, o homem deve conservar a sua superioridade. Por outro lado, séculos depois, a esfera feminina ganhou representatividade nos grandes centros urbanos que, em adversidade, constitui o ambiente no qual são comumente abusadas pelo poder da opressão masculina, além de ser questionada por supostas ações provocadoras, como justificativa da imoralidade dos homens. Assim, é notório que o passado cruel das mulheres possui traços na contemporaneidade.       Ademais, não há como negar que há ineficiência na atuação dos institutos após as denúncias de assédio. Em decorrência disso, uma pesquisa realizada pelo Grupo ABC, exterioriza que uma a cada quatro mulheres nos Estados Unidos já sofreu abuso no trabalho e 59% delas nunca denunciou o caso por acreditarem na invalidez de registrar a ocorrência e também por receio de perder o emprego. Dessa forma, deve-se saliência a todos os possíveis locais de impunidade. Nada disso, porém, seria tão prejudicial a história das mulheres se o ideário de sobreposição de gêneros fosse reformulado.       Fica clara, portanto, a necessidade de vitalizar a estabilidade de uma mulher quando estiver em local de vulnerabilidade. Para tal objetivo, o Ministério das Cidades deve destinar "vagões rosa" à ocupação majoritariamente feminina em horários de pico, a fim de diminuir a ocasionalidade de interações sem consentimento nos trasportes públicos. Em consonância, o Ministério do Trabalho tem o dever de estabelecer que empresas criem canais de denúncia em seus estabelecimentos para que o ideário de Simone de Beauvoir se aplique em amplas esferas da sociedade.