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Enviada em: 12/04/2018

Ao longo da história, a mulher precisou vencer diversas barreiras as quais lhe foram impostas pelo fato do homem julgá-la como um ser inferior. Por muito tempo, o papel da mulher se resumiu a constituir família, como se nascesse para servir ao homem, exercendo uma posição de subordinação. Embora a mulher tenha conquistado a sua individualidade e direitos, o esteriótipo de subordinação persiste, e, o assédio sexual é uma evidência disso.    O assédio sexual parte do princípio machista de que a mulher é inferior, e, portanto, pode e deve atuar como propriedade masculina. Para os homens que praticam a violência contra a mulher, toda a ação destinada a ela, desde as mais "inofensivas" como proferir palavras de cunho sexual em ambiente público até as mais graves como a violação do corpo, são vistas com naturalidade, pois para esses indivíduos, a mulher é subjugada.   Convivemos com diversas fontes de objetificação da mulher pela mídia, seja por propagandas, músicas amplamente difundidas ou pela internet, sendo esta última, veículo de elogios inconvenientes, agressivos e de solicitações de envio de fotos íntimas, os "nudes", termo frequentemente utilizado pela geração atual. Estes elementos presentes na realidade atual, contribuem para a banalização do assédio sexual contra a mulher.    Em contrapartida, do âmbito feminino, ainda há mulheres cuja percepção de inferioridade com relação ao homem se faz verdadeira, o que dificulta a mudança desse comportamento masculino. Além disso, frequentemente, a vítima de assédio sexual sente-se intimidada, amedrontada e até mesmo culpada e opta por não denunciar, o que prejudica a redução dos casos.  Por fim, para combater o assédio sexual é necessário rejeitar a naturalização da desumanização e objetificação feminina. Explicar sobre consentimento para as crianças irá despertar a noção sobre os limites do outro e estas, poderão identificar a violência sexual. O machismo é a base dessa realidade, assim, enfrentá-lo e combatê-lo, nesta e nas futuras gerações é o caminho para reduzir os casos de assédio sexual.